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FPF quer ajudar clubes portugueses a garantir maior acesso a recursos financeiros

Tal como consta no plano estratégico “Futebol 2030”, elaborado em parceria com a Deloitte, a FPF pretende centralizar operações e serviços de apoio aos clubes com vista a garantir um maior acesso a recursos financeiros, saúde, gestão e tecnologia. Já estão definidos objetivos até 2024 e até 2030.
30 Abril 2022, 11h30

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) está apostada em ajudar os clubes em Portugal a garantir maior acesso a recursos financeiros, uma ambição espelhada no plano estratégico “Futebol 2030”, elaborado em parceria com a consultora Deloitte e aprovado pela direção da federação na passada sexta-feira.

Assim, e como se pode verificar neste plano, um dos pilares estratégicos para garantir até 2030, ano em que a FPF espera receber o Mundial de futebol 2030 (em conjunto com Espanha), passa pela sustentabilidade do ecossistema que visa três objetivos: atingir mais 13% de Retorno Social do Investimento (que se deverá aproximar de 1,9 mil milhões de euros), a qualificação dos dirigentes e que a autonomia financeira dos clubes seja superior a 0%.

Nesse sentido, e tal como consta no plano estratégico, a FPF pretende centralizar operações e serviços de apoio aos clubes com vista a garantir um maior acesso a recursos financeiros, saúde, gestão e tecnologia.

Assim, até 2024 a FPF compromete-se com a definição de uma área interna dedicada ao contacto com os clubes e prestação de
serviços centralizados; até 2030, a federação tem como objetivo a disponibilização do centro de serviços para os clubes com apoio ao financiamento, operações e relação com adeptos.

Patrocínios e direitos televisivos no plano da FPF

A ambição da FPF está refletida no plano estratégico “Futebol 2030”, aprovado pela direção do organismo no final da semana passada e desenvolvido em parceria com a consultora Deloitte, e que aponta, entre outras metas, um crescimento de 13% face aos números conhecidos no último estudo UEFA Grow SROI, datado de fevereiro de 2021, e que apontava que o futebol em Portugal tem um impacto social de 1,67 mil milhões de euros e um impacto na economia de 944,205 milhões de euros

A FPF, que coloca grande ênfase na candidatura à organização conjunta do Mundial de futebol de 2030, sublinha que “um país que se propõe a organizar um Mundial, tem que ter um plano para o seu próprio futebol”. Nesse sentido, a FPF pretende com este plano melhorar infraestruturas e explorar novas fontes de receita, além de um compromisso de competência, inclusão e sustentabilidade.

Entre as grandes forças de mudança no futebol nos próximos anos, a federação coloca o foco em dois fatores que deverão sofrer sérias mudanças nos últimos anos: os direitos televisivos (sendo que já está prevista a centralização dos direitos televisivos em 2028 mas os clubes estão apostados em antecipar essa data) e uma variação da estrutura de patrocínios.

Para este plano estratégico “Futebol 2030”, a FPF identificou quatro pontos em que é possível melhorar o futebol português. Naquele que compete à gestão e organização, o organismo liderado por Fernando Gomes salienta a “incerteza relativa às atuais fontes de receita aliada à necessidade de captar novas fontes adiciona dificuldades a um tecido clubístico pouco maduro e profissionalizado”. Os outros pontos dizem respeito à prática do futebol (onde ganha relevância a falta de infraestruturas), ao consumo onde se quer a atração de novos consumidores (sobretudo em mercados asiáticos) e a necessidade do futebol em evidenciar-se a prática e no consumo através de plataformas como os eSports, por exemplo.

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