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França admite estar pronta para mediar diálogo entre Ucrânia e Rússia

A ministra francesa para Europa e Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna diz que quando chegar o momento para negociações estará no lado da Ucrânia.
30 Maio 2022, 17h56

A França está pronta para atuar como mediadora no diálogo entre a Ucrânia e a Rússia quando necessário, conforme explicou a ministra francesa para Europa e Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, esta segunda-feira.

“Chegará ao dia em que será necessário manter conversas. E para que esse diálogo seja aberto e sério, e de forma alcançar um resultado, estaremos do lado da Ucrânia para ser um mediador em tais negociações e em condições, num contexto em que essas conversas serão necessárias. O nosso país, e não nosso país sozinho, está pronto para assumir o papel de mediador num diálogo aberto”, disse Colonna citada pela “Interfax”.

Há uma semana a Rússia admitiu estar pronta para retomar as negociações com a Ucrânia. “Da nossa parte, estamos dispostos a continuar o diálogo”, afirmou Vladimir Medinski, conselheiro do Kremlin, encarregue pelas negociações .

Posteriormente o presidente Volodomyr Zelensky referiu que a Ucrânia precisa enfrentar a realidade e dialogar com o líder russo. “Há coisas para discutir com o líder russo. Não estou a dizer que o nosso povo está ansioso [que eu decida] falar com eles, mas temos de enfrentar a realidade do que estamos a viver”, apontou Zelensky. “O que queremos desta reunião? Queremos retomar as nossas vidas. Queremos voltar à vida de um estado soberano no seu próprio território”, completou.

Também esta segunda-feira Catherine Colonna disse que a França apoia a possibilidade de a Ucrânia seguir um procedimento acelerado para obter o estatuto de país candidato à União Europeia.

“Apoiamos a ideia de a Ucrânia seguir um procedimento acelerado. A Ucrânia solicitou o estatuto de candidato. É uma solicitação legítima”, sublinhou Catherine Colonna, acrescentando que os chefes de estado vão considerar a candidatura “no final de junho”.

“Ainda não sei qual será esta conclusão, mas estamos todos a trabalhar para garantir a unanimidade entre todos os Estados-Membros da UE e garantir que esta candidatura seja aceite com base em todos os critérios e termos claros de acordo com a conclusão da Comissão Europeia”, destacou.

Noutra ocasião o ministro francês delegado para os Assuntos Europeus, Clément Beaune já tinha referido que o objetivo da França na guerra era de “que não houvesse vitória russa” e que se pudesse “libertar a Ucrânia”. “Fornecemos os meios à Ucrânia, sem estarmos em guerra nós mesmos, para resistirem e libertarem-se da agressão. Eles não provocaram a guerra na Rússia. Eles procuram libertar-se de um país que os ocupa enquanto Estado soberano “,enalteceu em entrevista à “Europe 1”.

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