França: da tristeza à consagração foram dois anos de distância

Em 2016, os franceses perderam a final do campeonato da Europa, em casa, frente a Portugal. Dois anos volvidos atingiram de novo o topo do mundo, na Rússia, derrotando a Croácia por 4-2.

A França é a nova campeã do mundo de futebol, depois de ter vencido na final a surpreendente (ou talvez não) Croácia por 4-2. Numa prova onde os principais favoritos foram caíndo ao longo da competição, os franceses mostraram ser uma equipa coesa e que aprendeu com os erros de 2016, não subestimando os croatas no jogo de todas as decisões.

O percurso até à glória

Integrados no grupo C juntamente com o Perú, a Dinamarca e a Austrália, foi precisamente com os últimos que a França deu o seu pontapé-de-saída neste mundial, vencendo por 2-1. Na segunda jornada nova vitória pela diferença mínima, 1-0, diante dos peruanos e a qualificação ficou garantida.

No último encontro, um empate chegava à equipa de Didier Deschamps para segurar o primeiro lugar e foi precisamente esse resultado que alcançou contra a Dinamarca, naquele que foi o único encontro dos 64 deste mundial que terminou sem golos.

Nos oitavos-de-final os ‘gauleses’ tiveram pela frente a Argentina, naquele que é considerado um dos melhores, se não mesmo o melhor jogo deste campeonato do mundo. Com o intervalo a registar um empate a uma bola, longe estavam os adeptos das duas seleções de pensar que na segunda parte iriam ver cinco golos. Os argentinos ainda estiveram a vencer por 1-2, mas em apenas em 11 minutos a França fez três golos e colocou-se na frente do marcador por 4-2. O melhor que a equipa das ‘pampas’ conseguiu foi reduzir para 4-3, já nos descontos.

Seguiram-se os quartos-de-final e novo duelo com um conjunto sul-americano, desta feita o Uruguai, que havia eliminado Portugal. Privados de Cavani, os uruguaios acabaram por ser um adversário relativamente acessível para os franceses, que venceram por 2-0.

Nas meias-finais o encontro com a vizinha Bélgica, naquele que foi o 75º desafio jogado entre os dois países e com o historial, curiosamente a ser favorável aos belgas, a França alcançou a qualificação para a final graças a um golo do central Umtiti.

Números

Ao longo de toda a competição, a França marcou 14 golos e sofreu seis. Antoine Griezmann e Kylian Mbappé foram os melhores marcadores da seleção com quatro golos apontados. Dos 14 remates certeiros, seis deles aconteceram em lances de bola parada, sendo que três foram de grande penalidade.

Curiosidades

Kylian Mbappé tornou-se o jogador francês mais jovem da história do futebol gaulês a atuar num mundial, com 19 anos cinco meses e 28 dias, ultrapassando Bruno Bellone (20 anos e 118 dias contra a Polónia em 1982). A estreia do jogador do Paris Saint-Germain aconteceu no jogo inaugural contra a Austrália. Recebeu, também, o prémio de melhor jogador jovem do mundial 2018.

Para além disso, Mbappé entra também na história como o elemento francês mais jovem a marcar em fases finais de campeonatos do mundo, ao ter feito o golo da vitória na fase de grupos contra o Perú, batendo o recorde que pertencia a outro avançado, David Trezeguet.

Vinte anos depois de ter erguido o troféu de campeão do mundo enquanto capitão da seleção francesa, na final jogada em Paris contra o Brasil (3-0), Didier Deschamps volta a conquistar a competição, agora como selecionador nacional. Só Mário Zagalo, pelo Brasil, e Franz Beckenbauer, pela Alemanha, conseguiram tal feito.

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