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França não vai impedir a Huawei de investir no país, mas promete “proteger interesses nacionais”

“Não proibiremos a Huawei de investir no 5G, mas vamos proteger os nossos interesses de segurança nacional”, disse Le Maire, acrescentando que reafirmou a posição da França perante as autoridades chinesas na segunda-feira, dia 20 de julho.
21 Julho 2020, 10h40

O ministro das finanças francês, Bruno Le Maire, garantiu que a empresa de telecomunicações chinesa Huawei não será impedida de desenvolver a rede 5G no país. A decisão contrasta com a do Reino Unido, que decidiu excluir a empresa da implementação da rede de nova geração até 2027, segundo a “Reuters”.

“Não proibiremos a Huawei de investir no 5G, mas vamos proteger os nossos interesses de segurança nacional”, disse Le Maire, acrescentando que reafirmou a posição da França perante as autoridades chinesas na segunda-feira, dia 20 de julho.

Especialistas e ativistas da ONU dizem que pelo menos um milhão de pessoas da etnia uigure e outros muçulmanos estão presos em centros de detenção em Xinjiang. A China descreve os locais como centros de treio, justificando que o seu propósito é acabar com o terrorismo e o extremismo, dando às pessoas novas habilidades.

Apesar da decisão, Le Maire condenou os supostos abusos da China contra a população muçulmana minoritária do país, dizendo que eles eram “revoltantes e inaceitáveis”.

A polémica também mereceu a atenção dos Estados Unidos que, através do secretário de Estado Mike Pompeo, alertou que iriam impor restrições à obtenção de vistos a empresas chinesas como a Huawei, que acusam de facilitar violações de direitos humanos ao governo chinês.

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