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Franceses campeões do investimento no imobiliário em Portugal no primeiro semestre

No primeiro semestre de 2019 os franceses foram os estrangeiros que mais investiram no imobiliário português, de acordo com o Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal. Investimento estrangeiro representa já cerca de 16% do total das transações no sector.
16 Outubro 2019, 11h18

O investimento no sector imobiliário português continua em franca expansão, sendo que entre janeiro e junho deste ano foram os franceses que mais investiram, com uma representatividade de 21%, de acordo com as estimativas apuradas pelo Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), divulgadas esta quarta-feira, 16 de outubro.

“Os franceses continuam no topo dos que mais investem em imobiliário português. Não há dúvida de que esta rota veio para ficar, e acentua-se a diversificação deste investimento, que não se centra apenas nas principais cidades. Com o aumento de preços nos grandes centros urbanos, há uma procura cada vez mais acentuada em zonas de menor densidade populacional”, afirma o presidente da APEMIP, Luís Lima, citado em comunicado.

Depois dos franceses, seguem-se os investidores do Reino Unido e do Brasil (ambos com 18%), da Alemanha (9%) e da China (7%) como os que mais investem neste sector.

Somando todo o investimento estrangeiro no imobiliário português, verifica-se um peso total de cerca de 16% nos primeiros seis meses do ano.

“A procura continua a centrar-se maioritariamente no Algarve, no entanto, ainda que  ténue, já se nota alguma curiosidade sobre outras regiões”, acrescenta Luís Lima, para quem “o programa de Autorização de Residência para Atividades de Investimento [Vistos Gold] poderá tornar-se uma via bastante interessante para o mercado, caso se verifiquem restrições à livre circulação”.

Um dos principais incerteza para o sector imobiliário português continua a ser o processo de saída do Reino Unido da União Europeia. Não obstante à “retração” sentida aquando o referendo do Brexit, o representante das imobiliárias diz que “a representatividade britânica tem vindo a crescer no investimento imobiliário”

“O imobiliário português continua a ser um porto seguro de investimento.  Ao contrário do que se poderá verificar noutros sectores de exportação, o imobiliário não deverá sentir com tanta intensidade os efeitos do Brexit”, conclui Lima.

No que diz respeito às tipologias mais procuradas, no primeiro semestre do ano os imóveis T3 concentraram uma procura de 46%, seguido pelos T2 (37%) e os T1 (15%).

 

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