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Francisco Assis demite-se da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana

Eurodeputado considera que terá sido impedido de intervir no Parlamento Europeu, de onde sairá após as eleições de 26 de maio, devido a uma estratégia do PS para que lhe seja retirado protagonismo.
13 Março 2019, 11h53

O eurodeputado socialista Francisco Assis demitiu-se do cargo de coordenador do grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas na Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana depois de ter sido impedido de intervir num debate de urgência sobre a Venezuela que teve lugar no Parlamento Europeu nesta terça-feira.

Segundo o Observador, que teve acesso à carta de demissão entregue a Udo Bullmann, presidente do grupo no qual estão integrados os eleitos pelo PS, Assis queixa-se de que não foi autorizado a intervir num debate acerca da situação na Venezuela após o social-democrata Paulo Rangel ter falado sobre o tema, o que o socialista considerou “ofensivo” da sua “dignidade parlamentar e pessoal”.

A justificação que terá sido dado pela Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas foi que Francisco Assis não estava inscrito para falar, mas o eurodeputado considera que não se trata de “uma explicação plausível” e estará, segundo o Observador, convencido de que está em causa uma estratégia do PS para que lhe seja retirado protagonismo.

Crítico da liderança de António Costa e da solução governativa saída das legislativas de 2015, Francisco Assis não consta da lista de candidatos do PS às eleições europeias de 26 de maio, tendo sido escolhido como cabeça de lista o ex-ministro Pedro Marques.

Francisco Assis era o coordenador do grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas na Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana há mais de dois anos, mostrando-se sempre muito crítico do regime de Nicolás Maduro.

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