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Francisco Assis: “investimento público estimado para 2021 é metade do realizado em 2010”

Apesar da redução, Francisco Assis destaca a “vontade clara do Governo de remediar” o baixo investimento “porque há a perspetiva de passar de 2,5% para 2,9%”.
12 Novembro 2020, 11h19

O presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis sublinhou a importância do investimento público esta quarta-feira e destacou que o valor “estimado para 2020 é metade do realizado em 2010”, durante audição na Assembleia da República.

Em resposta ao Partido Comunista Português, Francisco Assis referiu “que o investimento público estimado para 2021 é metade do realizado em 2010” e apontou que “não há dúvida nenhuma que esse foi um caminho que se tinha de fazer opções”. Um caminho, que na opinião do CES, “o sacrificado foi o investimento público”.

Apesar da redução, Francisco Assis destaca a “vontade clara do Governo de remediar” o baixo investimento “porque há a perspetiva de passar de 2,5% para 2,9%”. “E mais, projeto expectativas na aplicação dos fundos europeus e julgo que algumas coisas que aqui não estão devidamente tratadas resultam precisamente de haver uma vontade de recorrer aos fundos europeus”.

Já em resposta à Iniciativa Liberal, que também questionou o CES sobre o assunto, Francisco Assis destacou a relevância do investimento público. ” Não pondo em causa naturalmente a importância do investimento privado também é salientada a importância do investimento público, como o motor para o relançamento da atividade de muitas empresas em Portugal”.

“No CES há convicção que a intervenção estatal e a promoção de investimento publico é absolutamente essencial para a recuperação da economia portuguesa para além de ser absolutamente essencial para remediar a gravíssimos problemas sociais que estão a surgir e vão surgir com esta crise com que estamos confrontados”, frisou Francisco Assis que acredita que “qualquer uma das críticas que se dirigem a este Orçamento dirigir-se-iam a qualquer Orçamento que nos últimos anos foi apresentado neste Parlamento”.

Sobre esta matéria, um dos conselheiros do CES, Adriano Pimpão, mencionou que “o investimento público sempre foi o parente pobre da execução orçamental pela forma como ele é tratado no Orçamento”. “Reflete aquilo que é uma realidade, que é uma questão de organização e planeamento e sistematização que normalmente não é feito”, garante.

 

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