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Fukushima: Japão vai despejar água radioativa de central nuclear no Oceano Pacífico

Apesar de estar a acumular água contaminada desde o acidente, o espaço disponível de armazenamento termina em 2022. “A única opção vai ser drená-la para o mar e depois diluí-la”, garantiu Yoshiaki Harada, ministro do Ambiente do Japão.
10 Setembro 2019, 11h48

O operador da central nuclear de Fukushima no Japão vai ter de despejar grandes quantidades de água contaminada diretamente para o Oceano Pacífico, afirmou o ministro do Ambiente japonês, avançou o ‘The Guardian’. Esta contaminação vai colocar em perigo os pescadores locais e as suas capturas de peixe.

Dentro da central existe mais de um milhão de toneladas de água contaminada, desde que foi atingida pelo tsunami em março de 2011. O terramoto de magnitude 8.7 na escala de Richter causou um tsunami, provocando uma falha na central e derretendo três dos seis reatores existentes dentro da central japonesa.

A empresa distribuidora de energia, Tokyo Electric Power (Tepco) tem lutado contra a acumulação de água dentro da central já desativada. A Tepco já tentou remover os núcleos que estão a ficar rodeados de excesso de água mas a tecnologia existente não permite retirar os átomos radioativos na mesma água.

Apesar de estar a acumular água contaminada desde o acidente, o espaço disponível termina em 2022. “A única opção vai ser drená-la para o mar e depois diluí-la”, garantiu Yoshiaki Harada, ministro do Ambiente. “O governo ainda vai discutir esta situação, mas gostava de oferecer a minha opinião”.

Até o governo japonês ouvir um conjunto de peritos sobre a poluição e os efeitos que podem decorrer do despejo tóxico, não vai ser tomada nenhuma decisão. Outras opções incluem vaporizar o líquido ou armazená-la em terra por um longo período.

A decisão apressada de colocar a água contaminada no Oceano Atlântico, poderia colocar a indústria piscatória em causa, uma vez que os pescadores passaram os últimos oito anos a reconstruir a sua atividade. A vizinha Coreia do Sul já emitiu preocupação com o impacto que este despejo terá no marisco.

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