Esta sexta-feira, Assunção Cristas indicou que “lamentavelmente” era expectável que a paralisação avançasse tendo em conta que a situação nas escolas reflete “grande de medidas tomadas pelo atual Governo, nomeadamente, o impacto das famosas 35 horas”.
Durante uma visita ao Externato João XXIII, no Parque das Nações, a líder centrista apontou também para a precariedade destes funcionários: “Para um Governo que se arvora como o grande defensor do emprego estável e do combate à precariedade, o que nós vemos é a contratação de tarefas a 3,64 euros por hora, como há bem pouco tempo foi publicado no Diário de República”.
“Vemos um setor que está a passar por dificuldades que têm a ver diretamente, na perspetiva do CDS, com as opções deste Governo, quer no que respeita às 35 horas, quer no que respeita às cativações e aos cortes, que se têm sentido em todos os serviços públicos”, resumiu.
Assunção Cristas referiu que o Ministério da Educação “anunciou um concurso para 300 funcionários que tardou e não chegaram todos às escolas ainda”. Sobre a incorporação geral de precários nos quadros do Estado, Cristas defendeu que “é preciso planear muito bem, não ir ao sabor das correntes, perceber onde é que faz falta e onde é que não faz falta”.
A greve dos funcionários das escolas está hoje a afetar escolas no país e a Federação Nacional da Educação diz que dezenas estão encerradas e que a adesão ronda os 90%, de acordo com o que noticiou a agência Lusa. A federação dos sindicatos dos funcionários públicos convocou no início de Janeiro uma greve para o dia 3 de fevereiro dos trabalhadores não docentes das escolas e jardins de infância em protesto contra a precariedade laboral.
“A luta vai continuar com uma ação no próximo dia 3, que é uma greve nacional dos trabalhadores não docentes das escolas do ensino básico e secundário e jardins de infância da rede pública”, sublinhou o dirigente da FNSTFPS, no início do ano. Em conferência de imprensa, realizada em frente ao Ministério da Educação, no primeiro dia do segundo período de aulas, Artur Sequeira adiantou que a greve visa reivindicar “o fim da precariedade” e a dignificação dos direitos dos trabalhadores.
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