Os funcionários da Thyssenkrupp Elevadores estão em greve, esta sexta-feira, em prol de melhores salários e condições de trabalho. A empresa de Queluz, inserida no grupo industrial alemão Thyssenkrupp AG, está a ser alvo de críticas por não ter tido em conta os pedidos dos trabalhadores, discutidos em diversos plenários e reuniões de negociação.
“Em 2016, a Thyssenkrupp Elevadores Portugal lucrou mais de 6 milhões de euros. Dizer que esta empresa não tem condições para garantir, a todos os trabalhadores sem excepção e sem avaliação de desempenho, aumentos acima dos 27 euros aprovados para o aumento do salário mínimo nacional é gozar com quem trabalha arduamente o ano todo”, critica a Comissão Intersindical da Fiequimetal da firma, em comunicado.
Os trabalhadores estão a reivindicar melhores condições de trabalho, nas quais se inclui: aumento no salário base de pelo menos 37 euros para todos, sem qualquer fator de avaliação de desempenho, subsídio de alimentação no valor de oito euros, diuturnidades a 31 euros, aplicação dos subsídios de salubridade e de risco no valor de dez cêntimos por hora de trabalho e do de risco, subsídio de insularidade de 1% sobre o vencimento base dos trabalhadores nos Açores e Madeira e um tempo de descanso equivalente a 1/4 do tempo do trabalho suplementar realizado.
De acordo com os trabalhadores, a multinacional “fatura e acumula dezenas de milhões ano após ano” e os objetivos de todas as áreas de atividade vão sendo aumentados, “independentemente do atual contexto do mercado, das condições de trabalho, etc.”.
As organizações do setor, incluindo o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, disponibilizaram transporte para todos os trabalhadores que se queiram deslocar à embaixada da Alemanha. No próximo dia 10 de março, a paralisação repete-se em Lisboa, no mesmo local da primeira. Atualmente, a Thyssenkrupp Elevadores exerce atividade em Portugal e nas Regiões Autónomas e conta com um quadro permanente de cerca de 430 colaboradores.
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