Um novo inquérito da Fixando, app de serviços, revela que 41% dos inquiridos desconhece o Fundo Ambiental e os apoios que este permite. Ainda assim, do total de 3.030 inquiridos do estudo, as críticas não tardaram em chegar.

Daqueles que conhecem o Fundo Ambiental, apenas 33% admite candidatar-se a algum tipo de apoio. No entanto, este mesmo número de inquiridos não sabe quanto pode poupar, enquanto que 54% prevê uma poupança até aos cinco mil euros.

A maioria dos inquiridos admite no inquérito que só decidiu avançar com as intervenções por causa do programa governamental e do apoio em que este consiste. Cerca de 64% dos utilizadores da Fixando consideram a iniciativa como positiva e que podem vir a recorrer ao programa.

A maior parte das intenções de uso (53%) é para a substituição das janelas, enquanto que os sistemas de aquecimento de arrefecimento do ambiente e águas reúne 48% das intenções de intervenção, 40% assume usar o apoio para a instalação de painéis solares, 35% para o isolamento térmico e 8% para a eficiência hídrica.

Mas se estas são apenas intenções de uso do apoio, quem já beneficiou do mesmo lança-lhe críticas. Muitos dos seus utilizadores fala em financiamento tardio e em muita burocracia, algo que pode afastar potenciais utilizadores.

“É uma boa iniciativa que peca por não dar a possibilidade de o pedido ser aprovado antes das obras serem realizadas e de o valor possivelmente atribuído ser recebido após a realização e pagamento das mesmas o que inviabiliza o início das obras”, aponta um inquirido anónimo.

Outro inquirido aponta que este é um programa “muito burocrático”. “No último financiamento estava a acabar a colocação de material comparticipado pelo Fundo e fiquei sem o retorno anunciado porque no dia 30 de abril ainda não tinha as declarações passadas pelos fornecedores nem tinha um elemento colocado devido a atrasos motivados pela pandemia, pese embora já tivesse pago todo o equipamento”. Ou seja, este inquirido preparava-se para utilizar o apoio, já após a compra do material, mas por ter documentos em falta, o dinheiro não entrou.

Há mesmo quem defenda que “o financiamento deveria ser decidido antes do cliente fazer o investimento”. Isto porque o Fundo Ambiental só realiza o pagamento após a entrega dos documentos devidos, que normalmente só são passados após as obras serem efetuadas, o que significa que o utilizador tem de avançar com o dinheiro total para a realização das alterações que pretende fazer.