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G3 entra na reforma depois de três tentativas

A espingarda acompanhava os militares portugueses há mais de 50 anos e viu eventos como a guerra colonial ou a Revolução de Abril de 1974.
23 Janeiro 2017, 09h23

A conhecida espingarda G3 que acompanhou os militares portugueses durante anos vai, finalmente, ser substituída. Em 2004 e 2007 foram anunciados concursos para comprar novas armas que substituíssem a G3, mas acabaram ambos por ser cancelados. O ministro da Defesa anunciou agora que o processo de substituição acontecerá a partir do final do ano, segundo noticia esta segunda-feira o Diário de Notícias.

“O processo de aquisição de armamento ligeiro vai iniciar-se em 2017 e decorrerá até 2022” através da agência de apoio a compras da NATO, explicou o tenente-coronel Vicente Pereira, ao DN. A chegada das primeiras armas está prevista para o início do próximo ano. Ao contrário do que aconteceu em concursos anteriores, não se vão “realizar testes com nenhum fabricante em particular (…) e o que se pretende é adquirir uma arma ‘já pronta’ que já exista e de preferência com provas dadas em outros exércitos da NATO”.

O exército português é dos europeus com armas mais antigas, sendo que a espingarda G3 foi comprada à Alemanha pela primeira vez em 1961. Depois disso, começou a ser produzida na Fábrica Militar de Braço de Prata e acabaram por ser fabricadas em Portugal 442 197 espingardas G3. A arma acompanhou os militares portugueses na guerra colonial e tornou-se uma das imagens de marca da Revolução de Abril, com um cravo no cano.

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