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Gás natural. Famílias com poupanças de 677 euros por ano com tarifa regulada (com áudio)

A medida foi anunciada pelo ministro do Ambiente depois de a Galp e a EDP terem anunciados aumentos a partir de 1 de outubro. Subidas no mercado liberalizado atingem 150% a 190%.
26 Agosto 2022, 11h25

As famílias podem vir a poupar 677 euros por ano se optarem pela tarifa regulada a partir de 1 de outubro.

A conclusão é de uma simulação realizada pelo ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC).

O Governo anunciou na quinta-feira que as famílias no mercado liberalizado podem regressar ao mercado regulado do gás natural, onde o preço é ditado pelo regulador ERSE. A medida foi anunciada pelo ministro do Ambiente Duarte Cordeiro e o secretário de Estado da Energia menos de 24 horas depois de a EDP e a Galp anunciarem subidas dos preços a partir de 1 de outubro.

As simulações são feitas tendo em conta o aumento médio de 3,9% da tarifa regulada a partir de 1 de outubro, e os aumentos médios anunciados pelas empresas no mercado liberalizado que variam entre os 150% a 190%.

Nas contas da tutela de Duarte Cordeiro, um casal com dois filhos (sem aquecimento central e com consumo anual de 292 metros cúbicos) pode vir a poupar entre 45 a 56 euros por mês se optar pela tarifa regulada a partir de outubro. Isto representa uma poupança entre 64% a 69%.

A fatura média mensal no regulado deverá assim rondar os 25 euros por mês, uma subida abaixo de 1%, contra os 70 a 81 euros praticados no mercado livre.

Olhando para as simulações de um casal (sem aquecimento central e com consumo anual de 138 metros cúbicos), as poupanças podem atingir 375 euros por ano. A fatura média mensal poderá atingir os 13 euros, valor que contrasta com os 38 a 44 euros praticados no mercado liberalizado. A poupança no mercado regulado varia assim entre os 25 a 31 euros, entre 65% a 70%.

A EDP Comercial anunciou esta semana que vai aumentar o preço do gás “em média, 30 euros na fatura dos clientes” domésticos, a que se juntam mais “cinco a sete euros de taxas e impostos”.

A companhia justificou a subida com a escalada do gás nos mercados internacionais à boleia do impacto da invasão russa da Ucrânia.

“Perante este cenário no mercado internacional, no contexto internacional onde compramos o gás que fornecemos às famílias portuguesas, esta atualização de preços tornou-se inevitável”, disse a presidente da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira, citada pela “Lusa”.

Também a Galp anunciou uma subida dos preços do gás natural a partir de outubro.

“Face à volatilidade do mercado e ao respetivo aumento do custo do gás, a Galp confirma que irá proceder a um aumento dos preços do gás em outubro numa ordem de grandeza a indicar brevemente”, disse fonte oficial da empresa na quarta-feira.

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