A Gazprom suspendeu as entregas de gás natural para Itália, numa decisão que promete aumentar ainda mais a crise energética que se vive na Europa, informa a “Bloomberg” este sábado, 1 de outubro.
“A partir de hoje, a Gazprom não vai fornecer mais gás para a Eni”, revelou um porta-voz da Eni SpA, a maior empresa petrolífera de Itália.
A Gazprom fornece gás a Itália através de um gasoduto que passa também pela Áustria, mas este corte terá apenas o território como alvo.
A empresa controlada pelo Estado russo Gazprom divulgou um comunicado este sábado onde indica que suspendeu os fluxos de gás da Áustria para Itália, já que a operadora austríaca recusou confirmar as “nomeações de transporte” após mudanças regulatórias implementadas na Áustria no final de setembro. A Gazprom informou ainda que continua a trabalhar na resolução deste problema com os compradores italianos.
A Itália já tinha garantido reservas de gás vindas do norte da África para compensar qualquer escassez durante o inverno caso a Rússia decidisse cortar as exportações para o país. O corte do gás italiano acontece dias depois de erupções submarinas paralisarem os principais gasodutos Nord Stream que ligam a Rússia à Europa.
Por sua vez, as forças armadas da Noruega intensificaram as patrulhas das instalações de energia do país e a Alemanha, a França e o Reino Unido ofereceram-se para ajudar a proteger as instalações de petróleo e gás no Mar do Norte. Já a NATO também está a usar as suas capacidades navais e aéreas para controlar os mares do Báltico e do Norte.
Com o Nord Stream fora de operação, existe apenas um grande gasoduto que leva gás natural direto para a Europa. E essa rota, que passa pela Ucrânia, parece cada vez mais vulnerável.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com