Gentiloni elogia “caminho coerente” das finanças nacionais nos últimos tempos

O comissário europeu para a Economia elogiou esta sexta-feira o trajeto de redução da dívida nacional, especialmente considerando que esta não foi alcançada à custa de uma estagnação ou recessão, mas sim com um crescimento bastante acima da média europeia. Paolo Gentiloni aproveitou ainda o encontro com o ministro das Finanças, Fernando Medina, para agradecer o apoio nacional na definição das novas regras orçamentais europeias.

Para Gentiloni, a economia nacional tem-se mantido num “caminho coerente e bastante impressionante nos últimos anos”, quando conseguiu das maiores reduções da dívida pública entre os países da zona euro.

“Esta trajetória foi, provavelmente, a mais impressionante entre os Estados-membros do euro, e foi conseguida sem uma recessão ou estagnação, mas sim com um crescimento suficiente – e, no último ano e comparando com a média europeia, impressionante”, afirmou o comissário.

O responsável pela pasta da economia europeia reconheceu que as dificuldades ao nível comunitário eram ainda bastantes, com a guerra na Ucrânia e a crise energética a agravarem substancialmente a incerteza. Ainda assim, a “grande preocupação do verão passado” quanto a uma possível recessão acabou por não se confirmar, mostrando a resistência da economia europeia.

“Devemos estar orgulhosos” pela performance económica da Europa face aos desafios recentes, considerou.

Ao mesmo tempo, o comissário agradeceu o empenho nacional na promoção de uma maior articulação da política orçamental com a monetária, de novas regras orçamentais mais flexíveis e do financiamento através do Plano de Recuperação e Resiliência, cuja importância no contexto do investimento público europeu foi enaltecida.

Fernando Medina manifestou também o seu apoio à proposta recente da Comissão, que se afasta das regras universais de redução da dívida, propondo, ao invés, que esta trajetória seja negociada por cada Estado-membro separadamente. Segundo o ministro, esta foi “uma reunião produtiva”, elogiando ainda a “grande mestria” com que Gentiloni tem conduzido este processo.