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“Geringonça” unida aprova Orçamento

A discussão e votação do Orçamento do Estado para 2017 acontecem a 3 e 4 de novembro, na Assembleia da República. Os partidos que sustentam o Governo – BE e PCP – já adiantaram que posição vão ter.
24 Outubro 2016, 12h59

A pouco mais de uma semana da discussão e votação do Orçamento de Estado para 2017, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português já se mostraram coniventes com a proposta entregue, no passado dia 14, na Assembleia da República. Ainda que falte o ‘sim’ dos restantes partidos, tudo indica que o Orçamento vai ter luz verde, aquando da sua votação, nos próximos dia 3 e 4 de novembro.

A dúvida que restava foi esclarecida, esta segunda-feira, por um dos membros do secretariado do comité central do PCP. Em entrevista à TSF, Jorge Cordeiro confirmou que o partido iria aprovar o esboço orçamental na generalidade.

No que diz respeito à especialidade, o PCP vai procurar avanços “para além dos que já estão considerados”. “Votaremos a favor na generalidade, a 3 e 4 de Novembro, e prosseguirá o exame comum”, sublinha o membro do organismo responsável pela atividade do PCP.

Entre as medidas que o partido prevê melhorar está o aumento das pensões, uma das ‘pedras no sapato’ dos comunistas. De acordo com o Jorge Cordeiro, a valorização de carreiras contributivas têm o “esforço” do PCP, mas é necessário que o aumento seja aplicado a todas as pensões e que não se restrinja ao segmento que abrange milhão e meio.

O apoio ao executivo não advém apenas do partido liderado por Jerónimo de Sousa. No passado sábado (22), também Catarina Martins afirmou que o Bloco de Esquerda vai votar a favor na generalidade. Segundo a dirigente bloquista, “no dever e no haver, em 2017, quem vive do trabalho será mais respeitado”.

“O BE cumpre os seus compromissos e este OE, objetivamente, aumenta rendimentos do trabalho, cumpre o compromisso de não precarizar e privatizar mais, de não aumentar os bens essenciais”, explicou Catarina Martins no final de uma conferência do partido, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Na opinião de Jorge Cordeiro, houve avanços e, conforme diz Catarina Martins, os principais compromissos foram cumpridos. Pelo menos até ao início do próximo mês, a chamada “geringonça” dá o voto favorável à proposta orçamental.

A partir de dia 7 de novembro, e até ao final do próximo mês, dá-se início ao debate na especialidade. Consulte aqui o calendário relativo ao Orçamento do Estado para 2017.

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