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Goldman Sachs antevê nova queda dos preços ‘spot’ do gás

O banco diz que “partindo de um cenário de baixa dos preços do gás de 20 euros/MWhg até 2025 (abaixo da média do ciclo), estimamos que os preços da electricidade poderão cair 20%-40% em toda a Europa, para cerca de 75 euros/MWhe”.
7 Junho 2023, 14h21

O Goldman Sachs emitiu uma nota de research sobre possível o cenário de descida dos preços do gás onde aborda as implicações de um cenário de baixa para os preços do gás à vista. “Os níveis de armazenamento sugerem uma nova descida dos preços spot do gás”.

Os níveis de armazenamento de gás na Europa situam-se em 70%, muito acima das médias históricas sazonais, principalmente devido a um consumo mais fraco do que o previsto. O banco diz que se a atual taxa de abastecimento mensal continuar, o armazenamento europeu pode chegar a cerca de 95% até agosto, o que pode implicar em uma nova queda nos preços spot de gás (e eletricidade).

Embora a maioria das concessionárias venda energia sob contratos futuros de um a dois anos e tenha uma exposição spot limitada, “modelamos um cenário de baixa do gás, avaliando as sensibilidades dos ganhos das ações mais expostas”.

“Este é apenas um cenário, mas é um cenário punitivo o de assumir preços de gás baixos até 2025 implicaria a ausência de resposta da procura, perspectivas económicas muito mais fracas e invernos amenos até lá”, diz o Goldman Sachs.

“Fazemos isso para mostrar que, mesmo nesse cenário, os ganhos subjacentes do sector seriam menos afectados do que muitos poderiam esperar”, acrescenta.

O banco diz que “partindo de um cenário de baixa dos preços do gás de 20 euros/MWhg até 2025 (abaixo da média do ciclo), estimamos que os preços da electricidade poderão cair 20%-40% em toda a Europa, para cerca de 75 euros/MWhe”.

Os produtores com exposição a vendas spot (à vista) e os que operam em regiões com preços máximos elevados (Centro/Norte da UE) seriam os mais afectados. Em relação às nossas estimativas de base para o resultado por ação entre 2023-25, vemos cerca de 15% de risco médio de queda para a Fortum, cerca de 10% para a RWE e a Engie, e cerca de 5% para a Solaria, Acciona Energia e SSE”, lê-se na nota.

Pelo contrário, o banco antevê ventos favoráveis para as margens de retalho e para a Europa do Sul. “As actividades de retalho e as empresas de serviços públicos integrados com posições de ‘clientes longos’ (EON, Endesa, Enel) poderão beneficiar de uma diminuição dos custos de aprovisionamento e poderão registar uma expansão das margens. Além disso, como descrito no nosso recente relatório, uma redução acentuada das facturas de energia reduziria preocupações com a acessibilidade económica, permitindo potencialmente um cenário regulamentar mais favorável, particularmente onde os limites de preços e as taxas são mais rigorosos (Sul da UE)”, refere.

O argumento para uma subida do gás? “Os preços vão subir no Inverno. Tal como foi detalhado pelos nossos analistas de Commodities, que no cenário de base preveem um aumento significativo do preço do gás no Inverno, impulsionado por uma esperada melhoria sequencial da procura europeia e asiática. Até aoo início do Inverno, isto poderia levar a uma quase duplicação do actual preço da electricidade, para c erca de 200 a 250 euros/MWhe”.

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