“Esperamos agora uma queda de 1% no PIB da área do euro até o segundo trimestre de 2023, com riscos de nos inclinarmos para uma recessão mais longa e severa”, referem os analistas do banco norte-americano Goldman Sachs que justificam as previsões com a suspensão dos fluxos de gás do gasoduto Nord Stream 1.
“A nossa equipa de economia europeia aumentou os alertas e subiu as suas previsões centrais de inflação, tendo reduzido as suas projeções de crescimento”, dizem.
O banco diz que actualizou o seu painel sobre a crise energética europeia para monitorizar o risco de uma recessão energética na zona Euro e no Reino Unido.
O Goldman Sachs cita o inquérito do instituto alemão Ifo de Setembro que sugere que o ritmo das paragens industriais impulsionadas pelo custo da energia está a acelerar. Também os inquéritos das associações comerciais alemãs sugerem que estão em curso ou prestes a iniciar-se encerramentos industriais acentuados para mais de um terço dos produtores de produtos químicos e fabricantes de automóveis alemães, respectivamente.
“Os sectores químico e automóvel da Alemanha confirmam que o ritmo de paralisações por causa do aumento dos custos de energia provavelmente acelerará”, reforçam.
“Esta evidência crescente de paragens industriais apoia a nossa opinião de que os riscos para a nossa previsão de uma queda de 1% do PIB da zona euro durante o Inverno estão enviesados para o lado negativo”, ou seja há o risco de uma recessão mais longa e mais severa, segundo o Goldman Sachs.
Já ontem o Goldman Sachs tinha feito uma análise ao mercado de ações europeu. Nele o Goldman Sachs aponta para uma queda de 10% nos lucros por ação das empresas europeias em 2023, antecipando que o Stoxx600 vai desvalorizar 8% até ao final do ano.
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