O Goldman Sachs está a aproveitar a queda da FTX para ir aos saldos nas criptomoedas. O banco norte-americano planeia gastar dezenas de milhões de dólares para comprar ou investir em plataformas de moedas digitais que têm vindo a desvalorizar, revela a “Reuters”.
O colapso da terceira maior bolsa de criptos levou o GS a realizar a due dilligence junto de uma série de empresas diferentes. Até agora, o GS investiu em 11 empresas ligadas aos ativos digitais.
“Vemos algumas oportunidades muito interessantes, com preços muito mais sensatos”, disse o chefe de ativos digitais do GS Mathew McDermott em entrevista à agência noticiosa.
“A FTX era considerado um exemplo”, afirmou o responsável, apontando que a “tecnologia subjacente [blockchain] continua a ter um bom desempenho”. A FTX entrou em falência e pediu proteção contra credores a 11 de novembro. A queda levou muitos a pedirem por mais regulação no sector para impedir o contágio ao mundo real.
O GS gerou 21,6 mil milhões de dólares (20 mil milhões de euros) em 2021 e a sua vontade em investir no sector é um bom presságio para os investidores, destaca a agência.
O mercado global de criptomoedas atingiu um máximo de 2,9 biliões de dólares (2,76 biliões de euros) no final de 2021, mas perdeu dois biliões este ano (1,9 biliões de euros), à boleia da queda da FTX e outras plataformas, e também com o apertar do crédito pelos bancos centrais. Atualmente, situa-se nos 865 mil milhões de dólares (823 mil milhões de euros).
Mas o tema está longe de gerar consenso entre os rivais do Goldman Sachs.
“Não acho que seja uma moda passageira ou que vá acabar, mas não consigo atribuir-lhe um valor”, disse recentemente o CEO do Morgan Stanley James Gorman.
Já o líder do HSBC afirmou na semana passada que o banco britânico não tem planos para expandir-se para as criptomoedas.