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Gonçalo Moura Martins defende que empresas portuguesas precisam de escala

O CEO da construtora falava num painel de empresários constituído por António Pires de Lima, CEO da Brisa, Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Grupo Vila Galé, e Francisco Cary, administrador da Caixa Geral de Depósitos, sobre o atual contexto de crise.
  • Mario Proenca/Bloomberg
26 Julho 2022, 19h30

O presidente executivo da Mota-Engil defendeu esta quarta-feira que “as empresas portuguesas precisam de escala”, durante o Encontro Fora da Caixa, organizado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) em conjunto com o “Jornal de Negócios”, e que teve lugar na Escola Náutica Infante D. Henrique, em Oeiras.

O CEO da construtora falava num painel de empresários constituído por António Pires de Lima, CEO da Brisa, Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Grupo Vila Galé, e Francisco Cary, administrador da CGD, sobre o atual contexto de crise.

O presidente da Mota-Engil foi ainda defensor que o “Estado invista em capital fixo, ou seja infraestruturas”. Isto porque “para haver procura tem de haver infraestruturas”, disse, citando o caso das obras de expansão do aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto), que pelo facto de se ter sido alvo de obras de expansão viu disparar a procura.

Já o presidente executivo da Brisa, António Pires de Lima, criticou a existência de uma cultura em Portugal “que não premeia a meritocracia”.

“Somos pouco meritocráticos, pelo menos no que toca às empresas”, disse António Pires de Lima que lamentou a falta de ambição.

“Porque é que não temos a ambição nas empresas que temos no desporto, porque não valorizar os bons com bons salários, como no desporto”, questionou António Pires de Lima.

Francisco Cary, administrador da CGD, por sua vez, falou do impacto da subida dos juros nas empresas. Tal como já tinha defendido Paulo Macedo, CEO do banco, Francisco Cary considera que “no cenário base” de subida de juros não é preocupante para as empresas, que na sua opinião, estão melhor preparadas e menos endividadas. Também os bancos estão mais bem preparados para acomodar uma potencial subida do crédito malparado, fruto da redução do rendimento disponível.

Jorge Rebelo de Almeida, presidente da Vila Galé, lembrou que o turismo é que tem segurado a economia em tempos de crise, e não deixou de criticar que as empresas estejam muito dependentes da máquina do Estado. O presidente da Vila Galé já se dá por contente se o Estado não criar dificuldades.

 

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