[weglot_switcher]

Legislativas 2022: governabilidade sem garantia à esquerda ou à direita

No debate com os nove partidos com representação parlamentar, a maioria dos partidos admite estar disponível para dialogar depois das eleições de 30 de janeiro. Tanto no PS como PSD é revelada disponibilidade para negociar. À direita tanto a IL como o Chega dizem querer contribuir para Governo de direita.
  • Pedro Pina/RTP Handout via Lusa
17 Janeiro 2022, 21h49

A maioria dos nove partidos com representação parlamentar está disponível para dialogar depois das eleições legislativas de 30 de janeiro, na expectativa de que não exista uma maioria absoluta, mas ficou claro no debate televisivo desta segunda-feira, 17 de novembro, que não existem garantias de governabilidade, à esquerda ou à direita.

António Costa, secretário geral do Partido Socialista, demonstrou disponibilidade para “dialogar com todos os partidos” no pós eleições e recordou que há dois anos atrás deu a cara pela melhor solução governativa: continuar com a geringonça. Costa considerou ainda que faltou vontade política aquando do chumbo do Orçamento.

Para Rui Rio, líder do PSD as eleições resumem-se a escolher entre António Costa ou Rui Rio para primeiro-ministro.

Não sinalizando nenhum partido em particular, tal como o PS, Rui Rio apontou que se não ganhar com maioria absoluta tem “disponibilidade para negociar”. Quando a deixar o PSD se não ganhar, o líder social democrata referiu que a manobra teatral não bem o seu estilo.

Rui Rio considerou ainda que acredita que a diferença entre PS e PSD não será grande.

Por sua vez, à esquerda o Bloco de Esquerda acredita que “no dia a seguir às eleições vamos estar a debater um contrato”. A coordenadora do BE, Catarina Martins, diz que nas ruas as pessoas “vêm pedir entendimentos para resolver questões concretas”.

Na CDU João Oliveira sublinhou que a coligação entre PCP e PEV tem prestado “um contributo para a estabilidade” e contribuiu para uma “política capaz de resolver os problemas das pessoas”.

“Estamos disponíveis para convergir com todos os que tenham de convergir”, referiu ainda.

No CDS, Francisco Rodrigues dos Santos apontou que votar nos centristas é sinonimo de “libertar o país do Partido Socialista”, mas também é um voto por uma “nova maioria de direita no Parlamento” e um voto “contra bloco central de interesses”.

O PAN disse que “uma maioria absoluta ou bloco central não serve interesses do país” e frisou que o partido jamais participaria num Governo que permitisse “retrocessos civilizacionais”

No Chega, André Ventura admitiu que o partido quer “contribuir para uma alternativa de direita” e considerou que votar em Rui Rio não seria uma alternativa ao Partido Socialista.

João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, afirmou que já demonstrou disponibilidade para falar com o PSD e frisou que se a IL o PSD “pode-lhe faltar o ímpeto reformista”

Por fim, o Livre garantiu que “se houver maioria à esquerda faremos parte da solução se houver maioria à direita o livre fará parte da solução”.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.