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Governo admite atualizar medidas de combate à inflação

Mariana Vieira da Silva indicou, em declarações ao jornalistas, que o Governo espera ter fechado com Bruxelas o acordo de parceria do PT2030 até ao final de junho. Sobre a inflação, insiste que é um fenómeno temporário, mas admite que as medidas de respostas venham a ser ajustadas.
11 Maio 2022, 11h39

A ministra da Presidência garantiu esta quarta-feira que o Governo “está preparado para agir” em resposta à inflação e admitiu que as medidas em vigor venham a ser atualizadas. À saída de uma reunião da Comissão Permanente da Concertação Social, Mariana Vieira da Silva avançou também que o Governo conta ter o acordo de parceria do PT2030 fechado com Bruxelas até ao final de junho.

Em declarações aos jornalistas, em reação aos dados que indicam que a inflação ficou em 7,2% em abril, o valor mais alto dos últimos 29 anos, a responsável insistiu que se trata de uma fenómeno transitório e conjuntural. Ainda assim, assegurou a ministra, o Governo tem margem para ir ajustando as medidas de resposta que já colocou no terreno, de acordo com a avaliação que for sendo feita.

“Todas as instituições internacionais continuam a reafirmar o carácter transitório e conjuntural destes números. É esse acompanhamento que estamos a fazer”, afirmou a governante, garantindo que a avaliação está a ser feita de forma “permanente”, embora as medidas já em vigor tenham como horizonte, de modo geral, todo o trimestre.

“É preciso conhecer melhor este fenómeno e não tomar medidas precipitadas, que trariam apenas a ilusão do acompanhamento do poder de compra”, acrescentou.

Já sobre o acordo de parceria do PT2030, a ministra da Presidência explicou: “Contamos ter o acordo fechado durante o mês de junho com a Comissão Europeia e essa será a versão final. As primeiras submissões formais dos programas operacionais [deverão ser feitas] no início de junho, para que, depois, nos meses de setembro e outubro [esses documentos] também sejam negociados”.

Mariana Vieira da Silva adiantou também que o acordo de parceria foi enviado, tal como tinha prometido numa audição na Assembleia da República, aos grupos parlamentares, na semana passada. “Não é um documento fechado. É um documento que serviu de base ao início da negociação com a Comissão Europeia”, sublinhou a governante.

De notar que as linhas gerais do acordo de parceria do Portugal 2030 estiveram em discussão pública em novembro, não tendo sido dados passos adicionais pelo Governo desde então, uma vez que, entretanto, o país foi a eleições legislativas, depois de a proposta de Orçamento do Estado para 2022 ter sido chumbada.

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