O cenário de abolição das portagens nas autoestradas do Interior (as antigas SCUT, sem cobrança ao utilizador) foi hoje, outra vez, afastado pelo ministro do Planeamento e das Infrestruturas.
No final da sessão de consignação da empreitada do troço ferroviário entre a Covilhã e a Guarda, Pedro Marques, em declarações aos jornalistas, assegurou que “não está em causa a abolição das portagens”.
“Estamos a estudar como melhorar as condições de circulação e de fixação das empresas nesta região da Beira Interior. quando esse estudo estiver concluído, anunciaremos as medidas”, garantiu o ministro do Planeamento.
A redução ou abolição das portagens nas autoestradas do Interior tem sido uma ambição assumida por diversos autarcas pelo País fora e foi hoje, mais uma vez, relembrada pelo presidente da Câmara Municipal da Covilhã.
Durante a referida cerimónia, Vítor Pereira pediu ao Governo “benefícios fiscais mais alargados para as empresas” e “isenção de portagens na A23 e na A25”.
“É necessária uma redução [de portagens] mais acentuada, mais paulatina, até atingirmos o limite de isenção. Consideramos que não devíamos pagar portagens nas autoestradas que utilizamos enquanto não tivermos os índices de desenvolvimento económico e social do litoral”, defendeu o autarca da Covilhã.
No entanto, Pedro Marques relembrou que foi o seu Governo que procedeu, há cerca de dois anos a uma redução das portagens nas ex-SCUT na ordem dos 15% e, sem se comprometer com nenhuma medida em concreto, remeteu qualquer decisão sobre esta matéria para as conclusões do referido estudo, em curso.
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