O Governo considera que o ministro das Finanças espanhol, Luis de Guindos, é um bom nome para substituir Jeroen Dijsselbloem na presidência do Eurogrupo, cujo mandato termina em janeiro do próximo ano. A informação foi confirmada pelo primeiro-ministro, António Costa, ao “Diário de Notícias”, no debate quinzenal desta quarta-feira.
Apesar de o governante espanhol ainda não ter oficializado a candidatura à presidência do Eurogrupo, o executivo português apoia a sua candidatura ao lugar do holandês. Além de estar do lado do ministro do país vizinho, o Partido Socialista propõe que a Assembleia da República exija um pedido de “desculpas público” por parte de Jeroen Dijsselbloem e do governo da Holanda, ideias que vão estar no voto de condenação no plenário da próxima sexta-feira.
Esta semana, o presidente do Eurogrupo, Jeron Dijsselbloem, acusou a Europa do Sul de gastar o seu dinheiro “em copos e mulheres” e de “depois pedirem que os ajudem”, em entrevista ao jornal alemão “Frankfurter Allgemeine Zeitung”. O também ministro das Finanças holandês recusa-se a pedir desculpa pelas declarações, que foram criticadas por deputados espanhóis, considerando ser “insultante” e “vulgar”.
Para o primeiro-ministro português é inaceitável que alguém “com uma visão xenófoba, racista e sexista sobre parte dos países da União Europeia possa exercer funções de presidência de um organismo como o Eurogrupo”. Na opinião de António Costa, Portugal não tem lições “de coisa nenhuma” a receber do número um do Eurogrupo.
Já Luis de Guindos considera que não lhe parece que “Portugal, Grécia, Chipre ou a Irlanda tenham desperdiçado dinheiro”. Ainda assim, esta manhã, o ministro afirmou acreditar que o ainda presidente do Eurogrupo vai dar explicações “a todos” durante a próxima reunião informal do Ecofin, em Malta.
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