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Governo aprova em Conselho de Ministros os novos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento

Com a descida dos juros da República, é previsível que este novo produto de dívida pública para particulares saia mais barata ao Estado, o que significa menos remuneração para os subscritores.
  • Cristina Bernardo
26 Outubro 2017, 16h15

O Governo aprovou hoje a resolução que cria os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC). “Este novo produto visa estimular a poupança de médio prazo e dinamizar o acesso dos cidadãos a instrumentos de dívida pública”, diz o Governo em comunicado.

Estes novos produtos financeiros substituirão os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM).

“A remuneração estabelecida para os CTPC encontra-se alinhada com as atuais taxas de juro praticadas no mercado, em resultado da melhoria das condições de financiamento da República, mantendo a atratividade que tem caracterizado estes produtos e complementando a atual oferta de Certificados de Aforro”, explica o Executivo. “Consequentemente, com a criação dos CTPC, suspendem-se as novas subscrições de Certificados do Tesouro Poupança Mais”, conclui o comunicado.

Uma vez que os juros das Obrigações do Tesouro a 10 anos continuam a cair (nesta altura caem 3,3 pontos base para 2,23% (de resto o discurso de Draghi de hoje ajuda aos juros continuarem baixos em toda a Europa), é previsível que este novo produto de dívida pública saia mais barata ao Estado, o que significa menos remuneração para os subscritores.

Os analistas lembram que Draghi reafirmou hoje o corte do programa de estímulos. BCE reduz as compras mensais de dívida para 30 mil milhões a partir de janeiro de 2018. Mas prolonga programa de compra de activos pelo menos mais nove meses até setembro de 2018, apesar de iniciar em janeiro processo de retirada progressiva dos estímulos. isto significa que haverá muita liquidez do mercado por mais tempo e por isso os juros continuarão baixos.

Os Certificados do Tesouro Poupança Mais actualmente em subscrição oferecem uma rentabilidade de 2,25% em média para aplicações a cinco anos. No quarto e quinto ano, era acrescida ainda do prémio em função da evolução da economia nacional (condições que serão mantidas até ao vencimento). Mas com a queda dos juros da República o Estado estará a pensar oferecer um juro mais baixo do que nos CTPM. As condições de remuneração não foram divulgadas.

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