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Governo considera indigna utilização de Panteão Nacional para eventos festivos

Em nota oficial hoje emitida, o executivo de António Costa promete alterar a lei para que acontecimentos deste género deixem de ocorrer.
  • As campanhas eleitorais são cansativas. Que o diga António Costa, que teve que redefinir a agenda devido a “dores musculares nas costas”.
11 Novembro 2017, 18h22

 

O Governo classificou hoje a utilização do Panteão Nacional para eventos festivos como “absolutamente indigna”, na sequência de informações sobre a realização de um jantar exclusivo de convidados da Web Summit naquele local. “A utilização do Panteão Nacional para eventos festivos é absolutamente indigna do respeito devido à memória dos que aí honramos”, referiu um comunicado do gabinete do primeiro-ministro, anunciando que o executivo vai alterar a lei de forma a evitar situações semelhantes no futuro.

“Apesar de enquadrado legalmente, através de despacho proferido pelo anterior Governo, é ofensivo utilizar deste modo um monumento nacional com as características e particularidades do Panteão Nacional”, reforçou a mesma nota do gabinete de António Costa.

Nesse sentido, o executivo vai proceder à alteração do referido despacho “para que situações semelhantes não voltem a repetir-se, violando a história, a memória coletiva e os símbolos nacionais”.

A realização do jantar de algumas figuras do Web Summit no Panteão fez surgir uma enorme quantidade de críticas nas redes sociais – com pessoas das mais diversas a queixarem-se, exatamente, de que o local é tudo menos o sítio indicado para se fazer uma celebração, qualquer que ela seja.

Será de recordar que o uso de monumentos nacionais para usos que não compaginam com o seu significado ou com o seu estado de conservação não é nova. Ainda não há muitos meses, um monumento nacional foi usado para a realização de um filme – mas depois das filmagens, era bem visível a degradação que tinha ocorrido depois do seu uso como palco.

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