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Governo da Madeira: Pobreza não pode ser “arma de arremesso político”

A secretária regional de Inclusão e Cidadania, Rita Andrade, apontou críticas à oposição, afirmando que esta “continua a querer ver numa visão sempre negativa, quando há tantos dados positivos”.
18 Maio 2022, 14h49

A secretária regional da Inclusão e Cidadania, Rita Andrade, afirmou na Assembleia Legislativa da Madeira que a pobreza “não deve ser usada como tem sido, ou seja, como arma de arremesso político. Deve sim, ser assumida com seriedade e com espírito mobilizador de todas as forças políticas que fazem parte desta Assembleia, com superioridade e elevação moral”.

No debate potestativo do PS sob tema da pobreza, o qual ocorreu esta quarta-feira, dia 18 de maio, a governante interferiu depois do líder parlamentar do PS, Rui Caetano, garantindo que “o Governo Regional assume o combate à pobreza como um dos seus grandes desígnios”, através das medidas da Estratégia Regional de Inclusão Social e Combate à Pobreza”.

Rita Andrade lembrou ainda que os indicadores da pobreza pioraram ao nível continental, enquanto que nas duas Regiões Autónomas estes diminuíram.

Mais à frente no debate, A secretária regional de Inclusão e Cidadania apontou críticas à oposição, afirmando que esta “continua a querer ver numa visão sempre negativa, quando há tantos dados positivos”.

Segundo Rita Andrade, o Governo Regional concretizou o plano regional de inclusão e combate à pobreza, iniciado em 2019, afirmando ainda que o executivo regional tem vindo gradualmente a investir na área social, na saúde, na educação, na criação de emprego, e no melhoramento das infraestruturas.

A deputada do PSD, Rubina Leal, procurou contrariar os argumentos da oposição PS, apresentando números para refutar. Rubina Leal lembrou ainda que, em matéria de emprego, “temos a terceira região do país com menor desigualdade salarial, temos a taxa de médicos e enfermeiros mais alta do país”

O líder parlamentar do CDS/PP, António Lopes de Afonseca, afirmou que o Governo PS revela “incapacidade estrutural e governamental” que se estenderia à região autónoma caso o PS governasse na Madeira.

Já na vez da oposição, o líder do grupo parlamentar do JPP, Élvio Sousa afirmou haver falta de informação sobre a “raiz” do problema da pobreza, apontando para a falta da diversificação da economia como o problema chave que impede criação de emprego e, por consequência, agrava a “persistência” da pobreza.

O deputado único do PCP, na Assembleia Legislativa da Madeira, Ricardo Lume, à semelhança do PS, reconheceu os vários planos e programas para combater a pobreza na Região, mas que estes tardam em chegar às populações. O deputado comunista realçou a precariedade laboral e os baixos salários que regista a região, factos que ilustram o agravamento da precariedade. “No primeiro trimestre de 2021, o salário médio da Região, era de 903 euros, enquanto que um ano mais tarde, baixou para 875 euros”, lembrou

 

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