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Governo diz ter “bons sinais” da União Europeia face a prioridades para a economia portuguesa

O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, elogiou o pacote de medidas estabelecidas ao nível europeu no âmbito da energia, nomeadamente a solução, a longo prazo, em apostar no hidrogénio verde com a criação de um banco de hidrogénio, orçamentado em três mil milhões de euros.
28 Setembro 2022, 17h42

O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Tiago Antunes, vê com otimismo a relação da União Europeia (UE) com Portugal, afirmando que é “com otimismo” que olha para a conduta da União Europeia na defesa das prioridades nacionais, nomeadamente no âmbito da economia.

“É com a força de uma União unida e coesa que conseguiremos ultrapassar graves desafios, e ao mesmo tempo responder aos anseios nacionais com ferramentas europeias para defender os interesses dos nossos cidadãos”, afirmou o governante, salientando que “é com satisfação” que o governo olha para o discurso da presidente da comissão Europeia Ursula von der Leyen , bem como a carta de intenções da Comissão Europeia já que “vão ao encontro de muitas das nossas prioridades”.

Tiago Antunes falava no arranque do debate sobre o estado da União, ocorrido na Assembleia da República esta quarta-feira, informando ainda que o Governo iniciou um trabalho que “antecipa a elaboração do programa de trabalho da Comissão Europeia e de, previamente, apresentar propostas para esse programa de trabalho que sejam prioritárias a nível nacional”, elaboradas em conjunto com agentes sociais e municipais.

Deste processo surgiu o programa “Prioridades de Portugal para o programa de trabalho da Comissão Europeia ” com o objetivo de “valorizar a visão de Portugal e torna-la mais decisiva na Europa”, explicou Tiago Antunes.

O governante elogiou o pacote de medidas estabelecidas ao nível europeu no âmbito da energia, nomeadamente a solução, a longo prazo, em apostar no hidrogénio verde com a criação de um banco de hidrogénio, orçamentado em três mil milhões de euros.

O Governo português apoia ainda o objetivo da UE em alcançar maior autonomia face a crises externas, nomeadamente com a mitigação da falta de matérias primas essenciais. Outras medidas que elogiou tiveram que ver com o anúncio da criação de uma academia de competências em matéria de cibersegurança, bem como o pacote de defesa de democracia e as medidas anunciadas para reforço da segurança maritima.

No âmbito da guerra da Ucrânia, o secretário de Estado dos Assuntos Europeus afirmou ainda que o governo está a trabalhar para ter “um papel mais interventivo e mais atempado” já que esta é uma prioridade para a UE.

Terminado o discurso do governante, foi o maior partido da Assembleia da República a intervir. A deputada do PS Jamila Madeira lembrou a importância de “não voltar aos erros do passado” no que diz respeito a crises financeiras, defendendo a criação de um mecanismo comum de seguros de depósitos.

“O momento é de reforço da coexão e união” declarou a deputada socialista.

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