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Governo francês prepara pacote de 45 mil milhões para apoiar empresas e trabalhadores

A revelação foi feita pelo ministro das Finanças de França, Bruno Le Maire, em declarações à RTL. Naquela que foi a segunda comunicação de Macron aos franceses em menos de uma semana, o presidente de França afirmou: “Qualquer ação governamental deve direcionar-se para a luta contra esta epidemia”.
  • EPA
17 Março 2020, 09h56

O ministro das Finanças de França, Bruno Le Maire, anunciou esta terça-feira que o governo gaulês vai criar um pacote de medidas no valor de 45 mil milhões de euros para ajudar empresas e trabalhadores a enfrentar e superar os desafios económicos provocados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

De acordo com o Financial Times, que cita a rádio francesa RTL, o pacote de ajuda financeira deverá incluir pagamentos a trabalhadores e o diferimento de pagamentos de impostos e segurança social. Em declarações à rádio francesa, Le Maire afirmou que o pacote de 45 mil milhões de euros ajudaria “a economia a recomeçar quando a epidemia do novo coronavírus estiver contida”.

Le Maire contou também que o governo francês tem 300 mil milhões de euros em garantias estatais francesas para empréstimos bancários a empresas e mil milhões de euros em garantias de instituições europeias, para suportar a economia.

O governo de França, liderado por Édouard Philippe, reviu em baixa as previsões de crescimento da economia gaulesa: a economia do país deverá decrescer 1% em 2020, em vez de crescer mais de 1% como previsto antes da pandemia de Covid-19.

Na segunda-feira à noite, o presidente de França, Emmanuel Macron, implementou restrições mais rígidas numa tentativa de controlar a pandemia. Macron, ordenou uma quarentena a todo o país, impedindo que os cidadãos saiam das suas casas, naquilo que descreveu como uma “guerra” contra o novo coronavírus.

O presidente gaulês disse que a quarentena entra em vigor esta terça-feira e dura por, pelo menos, 15 dias. A partir de hoje, os cidadãos só podem sair de casa para comprar produtos alimentares, medicamentos ou para fazer exercício. Macron alertou que quem não cumprir as regras poderá ser punido.

“Estamos em guerra”, repetiu Macron várias vezes durante um comunicado ao país, naquela que foi a segunda comunicação do Chefe de Estado francês em menos de uma semana. “Qualquer ação governamental deve direcionar-se para a luta contra esta epidemia”, concluiu.

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