Com o nome de “decreto da NATO” (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), o diploma aprovado na quinta-feira à noite, o sexto de ajuda de Itália a Kiev, deverá ser adotado até ao final deste ano ou no início do próximo, indicaram hoje várias fontes.
Espera-se que inclua sistemas de defesa antimísseis terra-ar Aspide (Asp) para ajudar a deter o bombardeamento da Ucrânia com mísseis russos.
O sistema Aspide deverá reunir preferência em relação ao mais avançado sistema Samp/T, que é mais raro e mais difícil de obter, indicaram as fontes.
Mas a natureza exata da ajuda militar, à semelhança do que aconteceu com os carregamentos anteriores, decorrerá ao abrigo da legislação de segurança nacional e só será transmitida aos serviços secretos, segundo as mesmas fontes.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 282.º dia, 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.