A SIC Notícias avançou que o Governo, na sequência da demissão da CGD, e através do Ministério das Finanças, ligou aos presidentes dos bancos para comunicar a saída de António Domingues, para pedir opinião sobre a futura gestão da CGD, para falar da estabilidade financeira e do problema do crédito malparado.
Nuno Amado, António Ramalho, António Vieira Monteiro, Fernando Ulrich e José Félix Morgado receberam um telefonema do governo.
Lamenta demissão de António Domingues e de mais seis administradores, mas diz que “a lei é para cumprir”.
O vice-presidente da Comissão Europeia para os Serviços Financeiros diz que a luz verde dada à recapitalização da Caixa, em agosto, se mantém. Valdis Dombrovskis acrescenta ainda que é importante que a nova equipa de gestão do banco dê continuidade ao plano acordado com Bruxelas.
Vários administradores apresentam as declarações, António Domingues será um deles, e Pedro Norton já apresentou, segundo a SIC.
António Domingues diz que ficou sem condições para assegurar a estabilidade da Caixa porque o banco se tornou um alvo político de elevadas proporções. Sai por considerar que o banco está a ser usado como arma política.
Nunca se importou de entregar as declarações ao Tribunal Constitucional, mas foi fiel à equipa que convidou a quem foi prometido que não teriam de entregar as declarações de rendimentos e património. Tal era o caso de Ángel Corcostegui e Herbert Walter, de Henrique Cabral Menezes, de Paulo Rodrigues da Silva e de Emídio Pinheiro.
Mesmo os que se demitem têm de apresentar a declaração. A lei de 1983 diz que têm de apresentar a declaração de rendimentos. Caso não cumpram, podem ficar impedidos de ter cargos semelhantes, durante 5 anos.
Ficam na administração da CGD: Rui Vilar, Pedro Leitão (executivo), João Tudel Martins (executivo) e Tiago Ravara Marques (executivo).
O mercado avança entretanto com nomes para suceder a António Domingues. Para além de Paulo Macedo, outro nome comentado é o de José Félix Morgado, presidente do Montepio Geral.
Fora de questão está a ida de Nuno Amado, presidente do BCP, para a CGD.
António Costa só vai anunciar o nome depois de ser aprovado pelo Mecanismo Único de Supervisão do BCE.
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