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Acelerar transição energética vai custar 1,5 mil milhões ao Governo

Os planos previstos no PRR e os leilões de hidrogénio já apresentados perfazem um investimento total de 1,5 mil milhões de euros para acelerar a transição energética nos próximos quatro anos.
1 Abril 2022, 15h45

À semelhança do resto da Europa, também em Portugal a transição energética continuará a ser uma prioridade para o próximo Governo. De acordo com o programa do Executivo entregue esta sexta-feira à Assembleia da República, estão previstos cerca de 1,5 mil milhões de euros em investimentos para acelerar a transição energética.

Previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), constam 610 milhões de euros no âmbito da eficiência energética. Desses, 300 milhões de euros estão destinados à eficiência energética dos edifícios residenciais, “tendo especial atenção aos agregados familiares com menores rendimentos” e 310 milhões de euros alocados à eficiência energética dos edifícios de serviços do setor privado e da Administração Pública.

No PRR, prevê-se também o investimento de 715 milhões de euros que irão servir para impulsionar a descarbonização da indústria. Para tal, será preciso reforçar a aposta no hidrogénio e nos gases renováveis,  incluindo a criação de uma rede de postos de abastecimento a hidrogénio. Nesta matéria, o Governo prevê gastar 185 milhões de euros, estes também previstos no PRR.

O novo Governo do pretende ainda lançar os leilões de hidrogénio já apresentados, “mobilizando até 50 milhões de euros por ano das receitas de CO2 existentes para apoiar a descarbonização da indústria e do setor dos transportes pesados de passageiros e mercadorias”, explica o documento.

Entre outros objetivos previstos para a transição energética, o Governo pretende aumentar a capacidade de produção de energia solar em pelo menos 2 gigawats nos próximos dois anos, “dando continuidade aos leilões para novas centrais e à promoção e facilitação do autoconsumo e da criação de comunidades de energia” e “reforçar a capacidade de produção elétrica dos parques eólicos existentes e fomentar sistemas híbridos, reduzindo a necessidade de construção de novas infraestruturas”.

Ainda no plano de ação para a próxima legislatura, o Executivo de Costa pretende apostar na produção renovável offshore, continuar a promover um ecossistema favorável à descarbonização e fomentar a digitalização do sistema energético e o desenvolvimento de redes elétricas inteligentes.

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