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Governo sueco defende uso do hijab em visita ao Irão

“Quando se é feminista e a igualdade é uma preocupação, deve desafiar-se a desigualdade em todos os sítios”, disse uma jornalista iraniana à BBC numa crítica à decisão sueca.
13 Fevereiro 2017, 14h57

O governo sueco defendeu hoje a decisão tomada na semana passada de as mulheres do seu governo usarem um véu no Irão, durante a visita oficial ao país, com o argumento de que “não o fazer violaria a lei”.

A ministra do comércio, Ann Linde, foi duramente criticada por ter aderido ao uso do hijab, sendo que o governo sueco autoproclama-se como o primeiro “governo feminista” a nível mundial.

“É vergonhoso para a política externa feminista”, referiu Jan Bjorklun, chefe do partido liberal, à BBC, salientando a opressão legal feita às mulheres naquele país.

Vários críticos da decisão afirmam que o governo sueco deveria ter solicitado que os membros da sua delegação não fossem obrigados a usar o lenço e, caso o pedido fosse recusado, os acordos deveriam ter sido assinados na Suécia ou país terceiro.

A ministra revelou ao jornal sueco Aftonbladet que a “única outra opção seria enviar uma delegação só de homens”.

Masih Alinejad, uma jornalista e ativista iraniana, declarou ao My Stealthy Freedom, uma página no Facebook que a própria dirige e que encoraja as mulheres iranianas a publicar fotografias sem o hijab que, as mulheres no governo sueco “deveriam ter condenado a situação injusta no Irão”, segundo reporta a BBC.

“Quando se é feminista e a igualdade é uma preocupação, deve desafiar-se a desigualdade em todos os sítios”, disse ainda a jornalista à BBC.

 

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