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Governo sustentado pelos partidos de esquerda trouxe “mais democracia”, diz António Costa

“A comunhão na opção europeia não elimina, por exemplo, uma rutura quanto à urgência e natureza da reforma da União Económica e Monetária (UEM)”, afirma o líder socialista.
  • Cristina Bernardo
5 Fevereiro 2017, 09h21

 O primeiro-ministro, António Costa, defende, no prefácio do livro do sociólogo André Freire, “Para lá da ‘Geringonça’ — O Governo de esquerdas em Portugal e na Europa, que “era um dever” o PS tentar formar um Governo com o apoio da esquerda no parlamento, trazendo “mais democracia” e “mais e melhores opções” ao povo português.

António Costa relembra que desde os anos 80 “a democracia cristã — duradoura parceira da social-democracia na reconstrução do pós-guerra — foi cedendo o seu lugar a um liberalismo radical” e que a solução governativa do PS com o Bloco de Esquerda, o PCP e os Verdes conseguiu “romper esta assimetria” ou tendência de apenas se fazerem entendimentos à direita.

 O líder socialista explica ainda que com esta medida conseguiu uma “tripla vantagem: na disputa eleitoral, na capacidade de formar governos maioritários e na capacidade de condicionar as políticas e medidas de governos minoritários do PS”. E sublinha que “na legitimidade da representação só os cidadãos a definem no voto”.

“A comunhão na opção europeia não elimina, por exemplo, uma rutura quanto à urgência e natureza da reforma da União Económica e Monetária (UEM)”, afirma António Costa, salientando que “é natural numa UE que, à medida que reforçou a integração política, foi-se tornando o novo espaço de confronto das diferentes famílias políticas”.

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