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Governo vai avaliar “barragem a barragem” venda anunciada da EDP

“A venda está carente de uma autorização do Estado. Não entrou ainda um pedido para essa autorização. Quando entrar, será avaliada, mas não em pacote. Será avaliada barragem a barragem”, revelou João Pedro Matos Fernandes à margem de uma cerimónia a assinalar os 70 milhões de passageiros da Metro do Porto.
  • Cristina Bernardo
23 Dezembro 2019, 12h15

O ministro do Ambiente e da Ação Climática afirmou hoje que vai avaliar “barragem a barragem” a venda das seis infraestruturas anunciada pela EDP e em relação à qual o Estado “ainda não recebeu” o necessário pedido de autorização.

“A venda [das seis barragens, anunciada por 2,2 mil milhões de euros] está carente de uma autorização do Estado. Não entrou ainda um pedido para essa autorização. Quando entrar, será avaliada, mas não em pacote. Será avaliada barragem a barragem”, revelou João Pedro Matos Fernandes à margem de uma cerimónia a assinalar os 70 milhões de passageiros da Metro do Porto.

O presidente executivo da EDP, António Mexia, afirmou na quinta-feira que o Governo ainda não aprovou a venda de seis barragens da EDP, dizendo estar confiante que a operação reúne os requisitos para receber ‘luz verde’.

“O Governo português, através dos órgãos competentes, tem de autorizar o negócio. Essa transação depende de autorizações regulatórias. Estamos confiantes porque, normalmente, é posta em causa a credibilidade técnica […] e também financeira do comprador, que, [neste caso], é inquestionável”, afirmou António Mexia, em conferência de imprensa, em Lisboa.

A EDP anunciou naquele dia que vendeu seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2,2 mil milhões de euros.

“A EDP – Energias de Portugal, S.A. acordou a venda de um portefólio de seis centrais hídricas em Portugal ao consórcio de investidores formado pela Engie (participação de 40%), Crédit Agricole Assurances (35%) e Mirova – Grupo Natixis (25%), numa transação de 2,2 mil milhões de euros”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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