Mário Nogueira, Júlia Azevedo e André Pestana são alguns dos líderes sindicais que esta sexta-feira reúnem com João Costa. A FENPROF é a primeira estrutura sindical a ser recebida pelo ministro da Educação (9h30), seguindo-se, pelas 11H30, o SIPE + FENEI/SINDEP + SPLIU + STOP + FEPECI.
Ao segundo dia das negociações desta terceira ronda, as expetativas são amortecidas pelas declarações dos líderes, estes e outros. João Dias da Silva, da FNE, o primeiro a reunir com o ministro, considerou as propostas poucochinhas. Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, também foi perentório: “Se razões havia para lutar, razões continuam a existir”. Por seu turno, Júlia Azevedo, presidente do SIPE, disse ao Jornal Económico que a greve vai continuar (ler edição em papel ou digital).
Na quarta-feira, João Costa reuniu com o primeiro grupo de sindicatos e fez chegar a todos um conjunto de propostas, entre as quais a possibilidade de todos os professores que já acumularam 1095 dias de serviço e que, neste ano letivo, têm um horário completo, possam vincular.
Nas ruas prossegue a contestação e aluta por melhores condições de trabalho e de carreira. Depois de ontem ter atingido Braga, a greve a nacional, por distritos, convocada por oito organizações sindicais: ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU, centra-se esta sexta-feira, 20 de janeiro, em Bragança.
Em cada distrito, no dia da greve, as organizações que a convocam apelam aos professores e educadores em luta para que se concentrem às 11h00 horas numa das principais praças da cidade capital de distrito.
Na Praça da Sé em Bragança será distribuída informação à população sobre as razões da luta dos professores, será pedida assinatura num postal de solidariedade com os professores em luta e serão divulgadas as primeiras informações sobre a adesão à greve no distrito.
Nos quatro primeiros dias de greve, a greve percorreu Lisboa, Aveiro, Beja e Braga. As adesões têm rondado os 90% e encerrado centenas de escolas num sinal de coesão da classe, segundo a FENPROF.
“São números de adesão muito elevados, um pouco por todo o distrito”, considerou Lurdes Veiga, do Sindicato dos Professores do Norte, ontem em Braga, destacando os concelhos de Braga, Esposende, Barcelos, Guimarães e Terras de Bouro. Neste último concelho, adiantou, “todas as escolas estão encerradas”.
O distrito de Braga conta com mais de 70 agrupamentos, reunindo um total de mais de 10 mil professores.
Luta dos professores endurece. Conheça as razões e o calendário das greves em curso e que vêm aí
Próximos dias da greve
23 de janeiro: Castelo Branco, Rotunda do Operário (Covilhã)
– 24 de janeiro: Coimbra, Praça 8 de Maio
– 25 de janeiro: Évora, Praça do Giraldo
– 26 de janeiro: Faro, Largo do Mercado
– 27 de janeiro: Guarda, Praça do Município
– 30 de janeiro: Leiria, Largo do Papa
– 31 de janeiro: Portalegre, Praça da República
– 1 de fevereiro: Santarém, Largo do Seminário
– 2 de fevereiro: Setúbal, Praça do Bocage
– 3 de fevereiro: Viana do Castelo, Praça do Município
– 6 de fevereiro: Vila Real, Avenida Carvalho Araújo
– 7 de fevereiro: Viseu, Rossio
– 8 de fevereiro: Porto, Praça D. João I