[weglot_switcher]

Greve dos médicos: sindicatos reclamam adesão entre 80% e 100%

Neste segundo dia de greve nacional médica os sindicatos destacam a expressiva adesão dos médicos à greve, com várias unidades com adesões de 100%, maioria dos blocos operatórios com paragem da atividade na ordem dos 90% e unidades dos cuidados de saúde primários com adesão superior a 80%”,
9 Maio 2018, 18h19

O Sindicato Indepedente dos Médicos (SIM) e a FNAM – Federação Nacional dos Médicos reclamam uma taxa de adesão à greve, no segundo dia de paralisação dos médicos, entre os 80% e os 100%.

“Neste segundo dia de greve nacional médica os sindicatos destacam a expressiva adesão dos médicos à greve, com várias unidades com adesões de 100%, maioria dos blocos operatórios com paragem da atividade na ordem dos 90% e unidades dos cuidados de saúde primários com adesão superior a 80%”, destaca um comunicado conjunto do SIM e da FNAM.

Os sindicatos aproveitam o comunicado para continuar a criticar a atitude do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e do Primeiro-ministro, António Costa, acusando-os de não aceitarem “as múltiplas propostas sindicais para negociar”.

“De facto, nunca tinha acontecido uma não negociação como a que se tem verificado nos últimos dois anos por parte do Ministério da Saúde, sem contrapropostas às propostas do SIM e FNAM ou sequer atas das reuniões”, criticam os sindicatos.

Segundo o comunicado conjunto destes sindicatos, “um dos argumentos recorrentes do Ministério da Saúde é que não há dinheiro para implementar as medidas propostas pelos sindicatos sejam elas quais forem”, mas “no entanto, ao mesmo tempo são injetados milhares de milhões de euros nos bancos, dos quais 450 milhões em 2018 só para o Novo Banco e são gastos 120 milhões de euros com empresas de trabalho médico temporário”.

“Mantém-se o subfinanciamento da Saúde apesar de em 2017 termos assistido à maior carga fiscal dos últimos 22 anos e apesar dos alertas para a necessidade de investimento na Saúde que vêm de inúmeras entidades: Conselho das Finanças Públicas, Presidente da República, Organização Mundial da Saúde, Comissão Europeia, OCDE, entre outros”, lamenta o SIM.

“A greve dos médicos é pela melhoria das condições de trabalho, que permitam o mais importante: serviços de qualidade, dignos e responsáveis, em que os utentes sejam bem atendidos e tratados. Saudamos os Colegas que fizeram greve e apelamos a que amanhã continuem a mesma em defesa do Serviço Nacional de Saúde, greve esta que tem contado também com o apoio e solidariedade dos utentes”, conclui o referido comunicado do SIM.

Para amanhã, dia 10 de maio, está previsto mais um dia de greve nacional dos médicos, convocada pelo SIM e pela FNAM.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.