Um quadro em que o presidente sul-africano Jacob Zuma surge em posições sexuais com o ícone da libertação do país Nelson Mandela está a criar mal-estar no país. O partido no governo, o Congresso Nacional Africano (ANC) já condenou a pintura intitulada “A economia da violação” e assinada pelo artista Ayanda Mabulu.
“Embora respeitemos a liberdade de expressão de Mabulu, consideramos o seu trabalho grotesco, incendiário e de mau gosto”, referiu o ANC num comunicado sobre o quadro muito explícito. “Seja qual for a mensagem que [Mabulu] quer enviar ao ANC e ao presidente Zuma, consideramos este trabalho uma exploração da arte criativa ao serviço de fins abomináveis”.
No quadro, o ícone da luta contra o apartheid é representado numa cena sexual com o presidente sul-africano, sendo que não é a primeira vez que o artista representa Zuma desta forma. Conhecido pela arte de intervenção política, Mabulu tinha já pintado em 2015 um outro quadro em que representava uma jovem a ser obrigada a fazer sexo oral ao presidente.
“Tal vulgaridade e desdém pela dignidade dos outros é grosseira, humilhante, depreciativa e acentua que nenhuma liberdade, incluindo a liberdade de expressão, é ilimitada”, acrescentou o partido. “Por conseguinte, a ANC reserva-se o direito de recorrer ao sistema de justiça penal, bem como às instituições criadas para promover e proteger os direitos humanos fundamentais de todos na África do Sul”.
Também a Fundação Nelson Mandela reagiu ao polémico quadro em comunicado, referindo que “registou a revolta pública que [o quadro de Mabulu] causou e aprecia que o público se ofenda com isso”. A Fundação fez questão de “expressar que respeita o direito à liberdade de expressão do Sr. Mabulu, mas nós consideramos o quadro de mau gosto”.
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