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Groundforce com lucros de 8,7 milhões em 2017

O EBITDA da Groundforce no ano passado cresceu 120,5%, para 8,6 milhões de euros.
  • Rafael Marchante/Reuters
8 Maio 2018, 14h08

A empresa de ‘handling’ Groundforce encerrou o ano passado com lucros de 8,7 milhões de euros e vendas de 124 milhões de euros, após uma subida de 9,1%.

Na apresentação de resultados anuais da empresa, Paulo Neto Leite, CEO da empresa, destacou que “2017 foi um ano de viragem importante e significativa”.

O EBITDA da Groundforce no ano passado cresceu 120,5%, para 8,6 milhões de euros.

O investimento efetuado pela empresa aumentou 437%, para 3,5 milhões de euros.

Para o presente ano, Paulo Neto Leite prevê que as vendas subam 12,9%, para 137 milhões de euros e que o EBITDA cresça 19,4%,m para 10,2 milhões de euros

Também o investimento da Groundforce deverá aumentar durante o presente ano, cerca de 88,5%, para 6,6 milhões de euros, dos quais a grande parte será destinada à aquisição de equipamento de pista.

O CEO da Groundforce reconhece que o crescimento destes indicadores se deve ao crescimento da atividade turística em Portugal e do número de passageiros nos aeroportos nacionais, mas acrescenta que “houve um conjunto de medidas que tomámos e que se refletiram neste ano de 2017 de uma forma intensa”.

“Todos nós tivemos que nos adaptar a uma nova realidade de utilização mais intensa dos aeroportos em Portugal”, defendeu Paulo Neto Leite numa conferência de imprensa que teve lugar hoje nas instalações da empresa, em Lisboa.

Para este responsável, o ano de 2017 foi marcado pela obtenção junto da ANAC – Autoridade Nacional da Aviação Civil, por um período de sete anos, das licenças de atividade de ‘handler’ dos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro.

A Groundforce opera ainda nos aeroportos do Funchal e do Porto Santo.

O CEO da Groundforce destacou também que no ano passado a empresa renovou os contratos de ‘handling’ com as companhias aéreas TAP, Grupo IAG – British Airways e Iberia, Vueling, Aer Lingus ou Air Europa, por exemplo.

Paulo Neto Leite garantiu ainda que a licença para ser o operador de ‘handling’ no aeroporto Humberto Delgado é extensível ao futuro novo aeroporto de Lisboa, onde quer que ele venha a ser construído.

“Para já estamos concentrados em melhorar a estrutura deste aeroporto, que está a sofrer alterações ao nível do ‘check-in’ e das bagagens. Sobre o novo aeroporto de Lisboa, tudo vai depender de como se vai fazer a alocação das companhias [aéreas]. Somos espectadores atentos. Temos vindo a ouvir e a participar, mas só no final, quando soubermos a localização, é que poderemos saber”, reconheceu o CEO da Groundforce.

Tendo em conta o bom desempenho conseguido pela empresa em 2017, a Groundforce vai distribuir pela primeira vez um prémio de distribuição de lucros pelos seus colaboradores, cerca de 2.800.

O montante a distribuir será superior a um milhão de euros. Para o presente exercício, Paulo Neto Leite prevê que o valor do prémio a distribuir pelos funcionários possa ascender a 1,8 milhões de euros.

A Groundforce assiste por dia cerca de 55 mil pessoas, num total de assistência a 550 movimentos de aeronaves, em chegadas e partidas.

Cerca de um terço destes passageiros assistidos pela Groundforce já são de transferência, em particular no aeroporto Humberto Delgado, que cada mais se posiciona como um ‘hub’ para as Américas, do Norte e do Sul.

Outra vertente de negócio em crescendo é a carga aérea, tendo a empresa movimentado, em média, cerca de 400 toneladas de carga por dia no ano passado.

Segundo o CEO da empresa, no primeiro trimestre deste ano, a tendência manteve-se, com um crescimento de 26,5% na carga aérea manuseada.

A Groundforce movimenta 47 mil peças de bagagem por dia, com um índice de pontualidade de 95%, assegurou Paulo Neto Leite.

A Groundforce é detida em 50,1% pelo Grupo Urbanos (Pasogal SGPS) e nos restantes 49,9% pelo Grupo TAP.

 

 

 

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