Grupo apoiado pelo Irão reivindica ataque a base turca no Iraque curdo

Autoridades curdas dizem que foram disparados oito mísseis contra a base de Zilkan, na província de Nínive. Mas foi uma milícia xiita que reivindicou o ataque, numa altura em que a Turquia prepara a perseguição aos curdos.

Uma base militar turca no norte do Iraque – numa região semiautónoma controlada pelos curdos – foi atacada por mísseis disparados por uma milícia apoiada pelo Irão que, segundo relatam várias agências noticiosas, reivindicou a responsabilidade pelo ataque.

Pouco depois do ataque desta quarta-feira, a Brigada de Resistência Islâmica Ahrar al-Iraq – que faz parte do grupo de milícias xiitas pró-governo do Iraque, apoiado pelo Irão, reivindicou o ataque.

Segundo o Ministério da Defesa turco não houve danos ou feridos e de acordo com um comunicado do departamento de antiterrorismo da região curda iraquiana, pelo menos oito mísseis foram disparados contra a base militar turca de Zilkan, na província de Nínive, com apenas dois atingindo a própria base.

A Turquia conduz operações militares no norte do Iraque desde 2019, com forças terrestres e aéreas, para combater o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) – que mantém bases de treino na região.

O envolvimento militar turco no norte do Iraque remonta à guerra contra o Estado Islâmico, que controlava grande parte da área. Ancara era uma aliada na campanha desenvolvida contra o Estado Islâmico, liderada pelos Estados Unidos e composta por várias forças da União Europeia.

A Turquia estabeleceu várias bases na região – contra a vontade das autoridades de Bagdad e do governo autónomo curdo iraquiano regional, apesar de nunca ter condenou oficialmente a presença de tropas turcas, numa altura em que ambos os combatentes convergiam nas ações contra o Estado Islâmico.

Fica por saber-se que resposta dará a Turquia a este ataque, mas é conhecida a vontade de Ancara entrar com o seu exército em território sírio para perseguir as milícias que lhe são contrárias. Mas a grande motivação do governo de Recep Erdogan é a perseguição às milícias curdas que operam na região.

A Turquia está em plena coordenação com o governo sírio de Bashar al-Assad para desenvolver essas ações sem que sejam consideradas uma agressão aos próprios sírios – mas o certo é que, depois de um primeiro momento em que essa investida militar parecia iminente (depois dos atentados de novembro passado em Istambul) ela ainda não aconteceu.

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