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Grupo chinês dono da TAP pondera corte de 100 mil empregos para enfrentar crise de liquidez

A hipótese de um corte na força laboral da empresa surge numa altura em que esta se debate com uma forte instabilidade financeira relacionada com endividamento excessivo.
28 Fevereiro 2018, 11h31

O conglomerado chinês HNA, que detém participações na TAP através da Atlantic Gateway, está a ponderar reduzir para dois terços o número de trabalhadores que emprega. A hipótese surge numa altura em que a empresa se debate com uma forte instabilidade financeira relacionada com endividamento excessivo, avança a agência “Bloomberg”.

A medida prevê a saída de 100 mil trabalhadores de áreas como recursos humanos, operações de negócios e reestruturação de ativos. A agência “Bloomberg” indica que este corte de postos de trabalho corresponde a unidades que o conglomerado chinês pode vir a vender.

A empresa alertou recentemente os credores para a possibilidade de vir a registar um decréscimo de 2,3 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano. Tendo em conta essa situação, a empresa terá sugerido a venda de alguns dos seus ativos para evitar um impacto financeiro mais grave.

Os atrasos no pagamento de dívida a bancos locais chineses e as dificuldade de acesso a linhas de crédito obrigaram o HNA a pôr à venda em meados de dezembro cerca de 20 imóveis que detinha em várias cidades, como Londres e Nova Iorque. Ao todo são cerca de 100 mil milhões de dólares (80 mil milhões e euros) de dívida que o conglomerado chinês enfrenta.

O HNA, tem montante de 146 mil milhões de dólares em ativos em áreas como bancos, hotéis e companhias aéreas e navais. A empresa é também acionista da transportadora aérea portuguesa TAP através da Atlantic Gateway.

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