O grupo de direitos humanos Open Stadiums apelou esta quinta-feira à FIFA que exclua o Irão do Campeonato do Mundo no Catar em novembro por causa do tratamento dado às mulheres pelo país, segundo a “Reuters”.
Numa carta enviada ao presidente da Fifa, Gianni Infantino, a organização disse que as autoridades iranianas continuam a recusar-se a permitir que as adeptas tenham acesso aos jogos dentro do país.
“A federação iraniana não é apenas cúmplice dos crimes do regime. É uma ameaça direta à segurança das adeptas no Irão e onde quer que a nossa seleção jogue no mundo. O futebol deve ser um espaço seguro para todos nós”, lê-se no documento.
Por isso, “é com o coração extremamente pesado que temos que levantar a nossa mais profunda preocupação com a participação do Irão no próximo Campeonato do Mundo da FIFA”, afirmam. “Por que a FIFA daria ao Estado iraniano e aos seus representantes um palco global, enquanto não apenas se recusa a respeitar os direitos humanos e dignidades básicos, mas atualmente está a torturar e matar o seu próprio povo?
“Pedimos então à FIFA, com base nos artigos 3 e 4 dos seus estatutos, que expulse imediatamente o Irão do Campeonato do Mundo de 2022 no Catar.”
Os artigos citados cobrem as questões de direitos humanos e não discriminação com base no género, raça, religião e outros assuntos, com violações puníveis com suspensão ou expulsão da FIFA.
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