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Grupo Hotéis Turim ganha concessão do Paço Real de Caxias

O Ministério da Economia destaca que, até ao momento, foram lançados concursos para a concessão de 21 imóveis no Revive, tendo sido adjudicadas 14 destas concessões, que representam um investimento total estimado em cerca de 118 milhões de euros e rendas anuais na ordem dos 2,367 milhões de euros.
  • António Cotrim/Lusa
2 Março 2020, 19h42

O Grupo Hotéis Turim, através da sua participada IMOBIMACUS – Sociedade Administradora de Imóveis, SA, assinou hoje, dia 2 de março, o contrato de concessão para a reabilitação e exploração do Paço Real de Caxias, em Oeiras, como estabelecimento hoteleiro.

O imóvel é entregue por 50 anos a esta empresa concessionária, “que apresentou a proposta vencedora no concurso”, devendo “pagar ao Estado uma renda anual de 216 mil euros pela concessão, e assegurar o investimento de recuperação do imóvel estimado em cerca de 11,6 milhões de euros”, de acordo com um comunicado do Ministério da Economia.

“O novo estabelecimento hoteleiro beneficiará de uma localização excecional, em frente à linha de costa, no concelho de Oeiras, e deverá abrir portas em 2022”, adianta o referido comunicado.

Segundo essa nota, “o Paço Real de Caxias foi construído em meados do século XVII, por iniciativa do Infante D. Francisco de Bragança, e veio a ser concluído pelo futuro rei D. Pedro V, que o utilizou como residência de férias da família real”.

“Inicialmente incluía a quinta, os jardins geométricos de influência francesa inspirados nos jardins do Palácio de Versalhes, e a cascata da segunda metade do século XVIII”, assinala o comunicado em questão, acrescentando que se destacam neste imóvel histórico “as esculturas nos jardins, os tetos pintados e os azulejos azuis e brancos na fachada do edifício principal”.

O Ministério da Economia acrescenta que “o Paço Real de Caxias foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1953” e “teve utilizações diversas depois da utilização original como residência real de férias, tratando-se de um imóvel da Defesa Nacional, que está desafeto do domínio público militar, por já não ter função útil nesse enquadramento, desde 1994”.

“O Paço Real de Caxias, disponibilizado para rentabilização através da Lei de Infraestruturas Militares, cujas receitas revertem para a conservação e modernização de outras infraestruturas das Forças Armadas, é um dos 33 imóveis inscritos na primeira fase do programa Revive, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças com a colaboração das autarquias locais. Pretende-se com este programa valorizar e recuperar o património sem uso, reforçar a atratividade dos destinos regionais e o desenvolvimento de várias regiões do país”, explica o mesmo comunicado.

O Ministério da Economia relembra que, em 2019, “foi lançada uma segunda edição do programa Revive, com a integração de 16 novos imóveis”.

“Atualmente, o Revive integra um total de 49 imóveis, dos quais 21 se localizam na região interior do país”, adianta o comunicado.

Os responsáveis do Ministério da Economia esclarecem que, “até ao momento foram lançados concursos para a concessão de 21 imóveis no Revive, tendo sido adjudicadas 14 destas concessões, que representam um investimento total estimado em cerca de 118 milhões de euros e rendas anuais na ordem dos 2,367 milhões de euros”.

“Atualmente, estão abertos três concursos no Revive, para a concessão do Palacete dos Condes Dias Garcia, em São João da Madeira, integrado já na segunda fase do programa; da Quinta do Paço de Valverde, em Évora; e do Forte da Barra de Aveiro, em Ílhavo”, conclui o referido comunicado.

 

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