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Grupo Quadrante faz estudos para terminal portuário no Brasil

Este projeto, que será desenvolvido de forma faseada, insere-se num investimento global estimado em 10 mil milhões de reais, cerca de dois mil milhões de euros ao câmbio atual.
31 Janeiro 2020, 14h30

O grupo Quadrante, uma empresa portuguesa de engenharia, está a desenvolver os estudos para o novo terminal portuário de Alcântara, no Brasil, assim como para o respetivo ramal ferroviário.

Segundo as mais recentes projeções, este novo terminal portuário brasileiro terá um impacto médio de cerca de 20% no PIB – Produto Interno Bruto da região, no estado do Maranhão.

Este projeto, que será desenvolvido de forma faseada, insere-se num investimento global estimado em 10 mil milhões de reais, cerca de dois mil milhões de euros ao câmbio atual.

“O Grupo Quadrante, através da sua participada Viaponte, foi selecionada pela GPM (Grão-Pará Multimodal) para o desenvolvimento dos estudos de engenharia do novo porto de águas profundas, bem como do respetivo ramal ferroviário, localizados na Baía de São Marcos, no estado brasileiro do Maranhão. O novo terminal portuário de Alcântara destina-se não só à exportação de minério de ferro e de produtos agrícolas, mas também à importação de combustíveis e fertilizantes, prevendo-se um investimento estimado em 10 Bilhões de reais [dez mil milhões], que o tornará um dos mais importantes terminais portuários do Brasil”, adianta um comunicado da empresa.

João Prego, ‘Senior Partner’ e responsável pelo mercado do Brasil do Grupo Quadrante destaca que “o Brasil é um mercado estratégico no qual temos uma larga experiência e conhecimento local, o que nos permite responder com eficiência e rapidez a projetos de grande envergadura e complexidade”.

“O novo terminal portuário de Alcântara será um ponto central nas ligações comerciais marítimas e terrestres, reforçando o contributo do Grupo Quadrante não só para a melhoria das infraestruturas, mas também para o crescimento económico do Brasil, garante o mesmo responsável.

O comunicado da Quadrante assinala que “o estudo de impacto económico realizado prevê que o novo terminal represente um aumento médio de 20% no PIB no Estado do Maranhão e crie cerca de 15.000 novos postos de trabalho no início da sua atividade e até 40.000 num horizonte de 30 anos”.

“O porto tem uma profundidade de 25 metros, permitindo operar navios graneleiros de 400.000 toneladas, utilizados para o transporte de minério de ferro, estando também previsto operar navios ‘Capesize’ para o transporte de grãos agrícolas. A retro área ‘onshore’ cobre 1.100 hectares necessários para a instalação de terminais para o manuseamento de vários produtos, como minério, grãos agrícolas, fertilizantes e combustíveis”, esclarece o referido comunicado.

A empresa portuguesa revela ainda que “o Grupo Quadrante desenvolveu os estudos de viabilidade técnica, que permitiram a obtenção da autorização do governo federal para a construção e operação do porto e ferrovia privados, estando atualmente a desenvolver os estudos de engenharia dos trabalhos ‘offshore’, ‘onshore’ e dos 220 quilómetros da ferrovia de carga, necessários para a obtenção do licenciamento ambiental”.

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