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Grupo Queiroz Pereira e BCP puxam PSI para terreno negativo. Bolsas em queda na Europa

As praças europeias viveram uma sessão de correção. Isto porque ontem Donald Trump escreveu que a China tinha acordado em reduzir ou remover as tarifas sobre o setor automóvel, mas o facto da China não ter confirmado, deixa os investidores apreensivos sobre os acordos.
  • Daniel Munoz/Reuters
4 Dezembro 2018, 18h02

Os principais mercados de ações europeus viveram hoje um ambiente de correção e Lisboa não foi excepção.

As ações da Navigator (-3,69% para 3,702 euros); da Semapa (-3,36% para 13,820 euros) – Grupo Queiroz Pereira; e as do BCP (-2,94% para 0,2475 euros) foram as líderes nas perdas do PSI 20 que fechou a cair 0,94% para 4.942 pontos. Mas não foram as únicas. A Altri desceu -1,94%; a Sonae (-1,73%); a Mota-Engil deslizou  -1,60%; e a Galp perdeu  -1,33%.

As ações da Galp caem apesar do setor Energético ter sido impulsionado pela valorização dos preços do petróleo, numa semana em que se espera por novidades de Viena, onde irá decorrer a reunião da OPEP+.

O Brent sobe 0,47% em Londres para 61,98 dólares o barril, e o crude WTI soma 0,06% para 52,98 dólares.

Em alta apenas a Corticeira Amorim (+0,74%); a Sonae Capital (+0,74%); a REN (+0,50%); e a Jerónimo Martins (+0,14%).

“As praças europeias viveram uma sessão de correção, um sentimento partilhado pelas congéneres asiáticas e que à hora de fecho também se verificava na bolsa nova-iorquina, na véspera do dia de luto nos EUA decretado pela morte do ex-presidente George H.W.Bush, motivo pelo qual Wall Street estará encerrado amanhã”, explica o analista do BCP, Ramiro Loureiro.

As perdas foram transversais à maioria dos setores do Stoxx 600, “com os mais defensivos a conseguirem reagir melhor”, diz o analista da Mtrader.

Alimentação e Bebidas e Farmacêutico conseguiram mesmo contrariar o ambiente e encerrar em alta. “E se o setor Auto foi afetado por incertezas quanto à efetividade do acordo comercial para a redução do imposto na china às importações vindas dos EUA (onde algumas alemãs têm fábricas), o da Banca foi impactado pela revisão em baixa das estimativas do Goldman Sachs para o setor em Espanha.

No setor Auto, Volkswagen (-3,03%), Daimler (-2,89%) e BMW (-1,63%) apresentam a mesmo uma variação negativa.

Ontem Donald Trump escreveu que a China tinha acordado em reduzir ou remover as tarifas sobre o setor automóvel, mas a falta de clarificação da Casa Branca sobre o assunto e o facto da China não ter confirmado, deixa os investidores apreensivos sobre os acordos.

O EuroStoxx 50 caiu 0,80% para 3.189,3 pontos. Nas praças, o FTSE de Londres caiu 0,56% para 1.022,7 pontos; a CAC 40 deslizou 0,82% para 5.012,7 pontos;  o Dax desceu 1,14% para 11.335,3 pontos; o FTSE MIB de mIlão baixou 1,37% para 19.353,4 pontos; e o Ibex tombou 1,28% para 9.061,7 pontos.

A nível empresarial destaca-se o tombo de 22,8% das ações do Bpost perante um corte agressivo do preço-alvo atribuído pelo HSBC, no dia em que a empresa de correios belga anunciou o pagamento de um dividendo intercalar de 1,06 euros por ação, uma dividend yield de 9% face ao fecho de 3 de dezembro, revela a MTrader.

Em termos de dívida soberana, a dívida italiana agravou 1,1 pontos base para 3,156%. Hoje a imprensa italiana escreve que Luigi di Maio e Matteo Salvini estão dispostos a baixar o défice inscrito no orçamento para os 2%. mas o  Il Messagero escreve que a União Europeia poderá rejeitar o défice de 2% .

A dívida espanhola cai 0,6 pontos base para 1,485%, ao passo que a dívida portuguesa, ao invés, agrava-se 0,7 pontos base para 1,811%.

A dívida alemã cai 4,3 pontos base para 0,263%.

Em termos macroeconómicos, salienta-se o aumento homólogo de 4,9% no Índice de Preços no Produtor em outubro que foi o mais expressivo em sete anos e excedeu os 4,5% antecipados pelos analistas. Trata-se do sexto mês consecutivo de subida do ritmo de crescimento de preços, o que é um bom sinal para a indústria, pelo impacto que exerce nas margens.

O euro cai 0,11% para 1,1342 dólares.

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