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Grupo Sata garante receitas de 303 milhões de euros em 2022, o melhor resultado de sempre

Tanto a Sata Internacional-Air Azores como a Sata Air Açores apresentaram o melhor desempenho de sempre com receitas de 211 e de 92 milhões de euros. E as perspetivas para 2023 são positivas. Luís Rodrigues, novo CEO da TAP, deixa assim a Sata com os melhores resultados de sempre.
21 Abril 2023, 10h26

O grupo Sata (Sata Internacional-Azores Airlines e também na Sata Air Açores) atingiu receitas de 303 milhões de euros em 2022, o melhor resultado alguma vez alcançado por este grupo.

A SATA Internacional-Azores Airlines teve em 2022 o seu melhor desempenho de sempre, em receitas, com 211,1 milhões de euros, e teve também “o seu primeiro EBITDA positivo em dez anos”, refere o grupo.

“As perspetivas para 2023 são positivas no que toca ao crescimento da receita, tendo em conta que na primeira metade de 2023 o crescimento de receita, refletido nas reservas de bilhetes (forward bookings), está 40% acima do que o registado no mesmo período de 2022″, acrescentou o grupo referindo-se à Sata Internacional-Azores Airlines.

A Sata Internacional-Azores Airlines teve um crescimento, em 2022, nas receitas de 34,2% face ao período de pré-pandemia, e subiu 107,5% face a 2021.

“Na base desta evolução está o número recorde de passageiros transportados pela companhia aérea em 2022, que ultrapassou pela primeira vez, a marca de um milhão de passageiros, atingindo um milhão e oitenta e três mil passageiros, (1,083 milhões) o que representa um crescimento de 14,5% em relação a 2019 e de 67% em relação a 2021. A métrica NPS – Net Promoter Score manteve-se extremamente elevada, acima dos 50% (pontos percentuais), refletindo o bom trabalho operacional e o foco no cliente, apesar do aumento de passageiros e expectável pressão sobre a satisfação dos mesmos”, diz o grupo de aviação.

A Sata Internacional-Azores Airlines teve um crescimento da receita média por passageiro de 4%, face a 2019, e de mais de 24% face a 2021.

“A oferta continuou a crescer, tendo registado um aumento de 26% nas horas de voo, face a 2021, o que permitiu atrair novos mercados turísticos para a Região Autónoma dos Açores (RAA). O load factor (taxa de ocupação) evoluiu para 75% ao ano, o que significou um aumento de 9% ppts face a 2021, embora ainda 4% abaixo do valor de 2019″, refere o grupo.

O Resultado Operacional antes de Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações e Custos de restruturação (EBITDA) foi de 5,4 milhões de euros, uma melhoria de 27,7 milhões de euros face a 2019 e de 12,6 milhões de euros quando comparado com 2021.

“A melhoria de EBITDA foi, ainda assim, condicionada por diversos fatores, por entre os quais se destacaram: o crescimento significativo do custo de combustíveis (+37,6 milhões de Euros face a 2019 e +51,9 milhões de euros face a 2021); os custos associados ao combate à pandemia, que se mantiveram no primeiro trimestre do ano; as graves disrupções nas cadeias de abastecimento verificadas ao longo do ano; os constrangimentos verificados em diversos aeroportos para onde a Azores Airlines habitualmente opera; a desvalorização do euro face ao dólar americano”, explica o grupo de aviação.

O grupo salienta que a Sata Internacional-Azores Airlines “continua a suportar o défice” de exploração das rotas de Obrigações de Serviço Público (OSP) entre o Continente e as ilhas Pico, Faial e Santa Maria, bem como, entre Ponta Delgada e o Funchal.

“O Resultado Líquido de 34,2 milhões de Euros negativos, melhorou em 21,6 milhões de Euros, em comparação com 2019 e em cerca de 16,1 milhões de Euros, em relação a 2021. Recorde-se, que o Resultado Líquido se encontra condicionado por custos de reestruturação e por custos da dívida decorrente do financiamento bancário adicional, incorridos para enfrentar a pandemia e para atender ao processo de reestruturação e, ainda, por rubricas meramente contabilísticas”, sublinhou o grupo aéreo.

Apesar disso o grupo aéreo salienta que apesar do “contexto adverso”, a performance da Azores Airlines, “continuou a cumprir com os objetivos definidos no Plano de Restruturação acordado com a Comissão Europeia”.

Sata Air Açores com melhor desempenho de sempre

Já a SATA Air Açores atingiu também o seu melhor desempenho de sempre, em receitas, com 92,2 milhões de Euros, a alcançou um EBITDA de 7,8 milhões de Euros.

“Este valor representa um crescimento de 9,3% em comparação com o ano pré-pandemia de 2019, e 11,9%, quando comparado com 2021. Na base desta evolução está o número recorde de passageiros transportados em 2022, num valor superior a 837 mil passageiros, o que representou um crescimento de 32,2% em comparação com o ano anterior, e de 9,2% em comparação com 2019”, refere o grupo de aviação.

O grupo salienta que 2022 ficou marcado pelo crescimento da frota da companhia aérea regional, que passou a operar com sete aeronaves pela primeira vez na sua história.

“A adição de uma aeronave suplementar foi determinada pelo crescimento de tráfego inter-ilhas, consequência do desenvolvimento da tarifa Açores e do crescimento do número de visitantes na Região Autónoma dos Açores. Em 2022, a SATA Air Açores realizou mais 2.914 voos inter-ilhas face a 2021 (+20,2%) e mais 2.024 face a 2019 (+13,2%), tendo sido registado um saudável crescimento da receita média por passageiro (mais 25% em comparação com 2019 e de mais 24% em comparação com 2021)”, explica o grupo.

Já o load factor (taxa de ocupação) evoluiu para 73% ao ano, um aumento de 5% face a 2021, mas 5% abaixo de 2019.

“Este consequente crescimento de Receita, amortizou o custo de introdução da nova aeronave no verão e permitiu a
continuidade da sua operação o resto do ano. A companhia aérea atingiu um Resultado Operacional antes de Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações de 7,8 milhões de euros (EBITDA). Este valor é inferior a 2019 em 7,5 milhões de Euros e a 2021 em 5,9 milhões de Euros”, explica o grupo aéreo.

“Para além dos custos de introdução de uma nova aeronave, o Resultado Operacional foi condicionado pelo: crescimento significativo do custo de combustíveis (+5,2 milhões de Euros face a 2019 e +5,9 milhões de Euros face a 2021); pelos custos de combate à pandemia no primeiro trimestre, pelas graves disrupções nas cadeias de abastecimento; pela desvalorização do euro face ao dólar americano”, continuou referindo o grupo aéreo.

Quanto ao resultado líquido este foi negativo em 2,5 milhões de euros mas melhorou em 4,3 milhões de euros face a 2021.

“O Resultado Líquido na SATA Air Açores foi marginalmente condicionado por rubricas puramente contabilísticas e influenciado por custos de reestruturação e por custos da divida adicional destinada a enfrentar a pandemia”, diz o grupo de aviação.

Para 2023 o grupo de aviação refere que as perspetivas para a Sata Internacional-Azores Airlines e para a Sata Air Açores são positivas.

Em 2023 estima-se que os riscos maiores possam advir de fatores externos à organização. Destaca-se a instabilidade nos mercados financeiros com possível impacto na procura e a volatilidade de preços dos fatores nos mercados internacionais. Em termos de Custos, o preço do combustível tem estado, no momento, ligeiramente abaixo do verificado no ano anterior. O término do período de emergência, que ocorreu em dezembro de 2022 e o consequente fim dos cortes salariais em ambas as companhias aéreas, terão um impacto material nas contas do corrente ano”, diz o grupo de aviação.

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