Drones supostamente ucranianos a sobrevoar Moscovo. Ou dito de outra forma: a Ucrânia a tentar atacar onde à Rússia lhe dói mais: a sua capital, cenário de terríveis combates durante a Grande Guerra Patriótica, como chamam os russos à II Guerra Mundial. Para além do efeito psicológico – e dos ‘mentidos’ e desmentidos – a guerra na Ucrânia pode estar a sofrer uma alteração de peso: instalar os combates em território russo. É que, já depois do episódio dos drones (e dos anteriores ataques a um bloguer pró-Kremlin e à filha de um especialista, mas também dos danos no Nord Stream 2 e na ponte entre Rússia e Crimeia), a Rússia anunciou mais uma tentativa de ataque no seu território – que alega ter abortado – desta vez no distrito fronteiriço de Shebekino.
Segundo a imprensa russa, às 3h00 da madrugada (hora local), forças ucranianas, compostas por duas companhias de infantaria mecanizadas reforçadas por tanques “tentaram uma invasão”: três ataques de formações ucranianas terão sido repelidos pelas ações “abnegadas” dos militares russos. “A aviação do Exército do Distrito Militar Ocidental infligiu 11 ataques ao inimigo; mísseis e artilharia realizaram 77 disparos, dois dos quais fogo pesado”, infirma o Ministério da Defesa russo, citado pela comunicação social do país.
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