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Há mais empresas a contratar do que profissionais a querer mudar de emprego

O “Guia do Mercado Laboral 2017” da Hays mostra que as empresas estão a ter dificuldades em recrutar profissionais qualificados e estão a contratar pessoas pouco adequadas às suas reais necessidades.
  • Stefan Wermuth/Reuters
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7 Fevereiro 2017, 16h27

Um estudo da empresa de recrutamento Hays revelado esta terça-feira mostra que existem mais empregadores a querer contratar (73%) do que profissionais a querer mudar de emprego (71%). Esta é a primeira vez, desde que são efetuados estes inquéritos, que tal acontece e a empresa antevê que no futuro possa haver um “possível cenário de escassez de profissionais qualificados”.

“Nunca o interesse dos candidatos em mudar de emprego se apresentou em níveis tão baixos como o deste ano. É a primeira vez que a percentagem de empregadores a querer recrutar ultrapassa a de profissionais interessados em conhecer novos projetos”, indica Paula Baptista, Managing Director da Hays Portugal.

De acordo com o “Guia do Mercado Laboral 2017” da Hays, 79% das empresas têm dificuldades em recrutar talento e mais de metade revelam ter contratado pessoas pouco adequadas às suas necessidades. Esta dificuldade manifestada está na base da quebra nos resultados, em quase um quarto dos casos (22%).

As empresas de Turismo (76%) e Tecnologias da Informação (64%) são as que contabilizam um maior número de recusas de ofertas de emprego. Em termos geográficos, a percentagem de empresas que querem recrutar é superior nas regiões Norte (80%) e Centro (82%).

Por seu turno, quase três quartos dos profissionais estão insatisfeitos com a sua progressão na carreira (73%) e insatisfeitos com o pacote salarial (60%). Mas ainda assim, 53% dos profissionais qualificados recusaram ofertas de emprego durante o ano passado, o que representa um aumento de 6 pontos percentuais face ao ano anterior.

“As consequências desta tendência serão imprevisíveis e caberá às empresas prepararem-se estrategicamente para um possível cenário de escassez de profissionais qualificados”, adverte Paula Baptista.

 

 

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