Há entre “7 e 9 mil clientes” com situações por resolver, avança Stock da Cunha

O presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha, disse que há “entre sete e nove mil clientes” lesados com situações por resolver, nomeadamente no que refere ao papel comercial comprado aos balcões do BES. “Faltam a sete a nove mil casos mais complicados. E aqui estão os clientes do papel comercial”, vincou Stock da […]

O presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha, disse que há “entre sete e nove mil clientes” lesados com situações por resolver, nomeadamente no que refere ao papel comercial comprado aos balcões do BES.

“Faltam a sete a nove mil casos mais complicados. E aqui estão os clientes do papel comercial”, vincou Stock da Cunha na comissão de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), onde está a ser ouvido esta manhã.

No total, os clientes lesados foram entre 15 e 20 mil, adiantou o presidente do Novo Banco, número representativo de “cerca de 1%” dos clientes do banco.

“Resolvemos cerca de metade desses casos”, acrescentou, reconhecendo a dificuldade “bastante superior” de solucionar os problemas dos clientes cuja situação ainda não foi resolvida.

Antes, Stock da Cunha havia lembrando que o Novo Banco não tem qualquer responsabilidade “legal” sobre papel comercial vendido aos balcões do BES, entretanto alvo de resolução.

“Não vou fazer nenhum juízo qualitativo sobre a justiça ou injustiça deste ponto”, disse, reconhecendo, todavia, que com certas condições e numa “natureza estritamente comercial” pode haver uma compensação para os clientes lesados desde que esta traga também vantagens para o banco.

“Um cliente que eventualmente teria um papel comercial de 100 mil euros e seria compensado por 50 mil, teríamos de pensar como é que o cliente vai gerar rendimentos para o banco em 50 mil euros no futuro”, sublinhou.

A 03 de agosto passado, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado ‘banco mau’ (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

A comissão de inquérito – que ouve hoje Stock da Cunha e, de tarde, o ex-administrador do BES Angola (BESA) Rui Guerra – arrancou a 17 de novembro passado e tem um prazo total de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado.

Os trabalhos dos parlamentares têm por intuito “apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades”.

 

OJE/Lusa

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