Depois de ter mostrado resiliência perante os primeiros efeitos da guerra na Ucrânia e a escalada dos preços, o mercado de trabalho está agora “em deterioração”. A palavra é usada por António Saraiva, na sua última carta aos empresários como presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), na qual alertou para a trajetória recente do desemprego: a taxa apurada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) está a subir há dois meses e já atingiu máximos de mais de um ano, enquanto o universo de desempregados medido pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) está a crescer há cinco meses consecutivos.
Os economistas ouvidos pelo Jornal Económico (JE) admitem novos aumentos para os próximos meses e afirmam que é “perfeitamente possível” que o desemprego chegue mesmo ou ultrapasse até a barreira dos 7% em 2023, cenário que nem o Governo, nem as várias instituições internacionais (como a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional) previam.
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